Arquivos de Neuro-Psiquiatria (Jun 2005)
Oligoclonal IgG bands in the cerebrospinal fluid of portuguese patients with multiple sclerosis: negative results indicate benign disease Bandas oligoclonais da IgG no líquido céfalo-raquidiano de doentes portugueses com esclerose múltipla: resultados negativos indicam doença benigna
Abstract
We assessed the frequency of cerebrospinal fluid (CSF) restricted oligoclonal IgG bands (IgG-OCB) in Portuguese multiple sclerosis (MS) patients and its relationship with outcome. Paired CSF/serum samples of 406 patients with neurological disorders were submitted to isoelectric focusing with immunodetection of IgG. Ninety-two patients had definite MS; non-MS cases were assembled in groups inflammatory/infectious diseases (ID, n=141) and other/controls (OD, n=173). We found in the MS group: mean duration, 38.9 months; clinically isolated syndromes, 24%; relapsing/remitting course (RR), 65%; in RR patients the mean EDSS was 2.1 and the mean index of progression was 0.31. Positive patterns significantly predominated in MS (82.6%; ID, 40.4%; OD, 3.5%). The sensitivity and the specificity of positive IgG-OCB for MS diagnosis was 82.6% and 79.9%, respectively. The sole statistically significant difference in the MS group was the lower progression index observed in negative cases. We conclude that the frequency of positive IgG-OCB patterns in our MS patients fits most values reported in the literature, and that negative results indicate benign disease.Analisamos a frequência de bandas oligoclonais (BOC) restritas ao líquido céfalo-raquidiano (LCR) em doentes portugueses com esclerose múltipla (EM) e sua relação com a clínica. Determinaram-se por focagem isoeléctrica e imunodetecção as BOC da IgG em pares de amostras LCR/soro de 406 doentes com diversas patologias neurológicas: 92 tinham EM definitiva; os casos "não-EM" agruparam-se em doenças inflamatórias/infecciosas (ID; n=141) e outras/controles (OD; n=173). O grupo EM apresentava duração média: 38,9 meses; síndromes clinicamente isolados (CIS), 24%; formas surto/remissão (RR), 65%, nas quais se encontrou EDSS e índice de progressão médios de 2,1 e 0,31, respectivamente. O perfil positivo predominava significativamente na EM (82,6%; ID, 40,4%; OD, 3,5%), cuja sensibilidade e especificidade neste diagnóstico foi 82% e 79,9%, respectivamente. A única diferença estatisticamente significativa no grupo EM foi o menor índice de progressão nos casos negativos. Em conclusão, a frequência de BOC positivas nos nossos doentes EM enquadrou-se nos valores da literatura, e a sua negatividade indicou evolução benigna.
Keywords