Medicina Veterinária (Dec 2024)

Uso de histogramas na predição de esteatose hepática em cadelas obesas submetidas à dieta e sua correlação com achados ultrassonográficos (modo B e Doppler Colorido)

  • Tamiris Disselli,
  • Sâmara Turbay Pires,
  • Anna Carolina Mazeto Ercolin,
  • Camila Silveira Stanquini,
  • Amanda Moura Rocha de Andrade,
  • Danielle Passarelli,
  • Adriano Rogério Bruno Tech ,
  • César Gonçalves de Lima,
  • Diego Rodrigues Gomes,
  • Denise Jaques Ramos,
  • Maria Cristina Ferrarini Nunes Soares Hage

Journal volume & issue
Vol. 18, no. 4

Abstract

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Sabe-se que a ultrassonografia é uma ferramenta diagnóstica acessível e economicamente viável, sendo considerada de eleição para a avaliação hepática. Pretendeu-se com este estudo avaliar qualitativamente (ultrassonografia modo B) e quantitativamente (histogramas em escala de cinza) o fígado de 28 cadelas em diferentes escores de condição corporal (ECC) quanto à presença de infiltração gordurosa; e a veia hepática direita (VHD) (modo B e modo Doppler colorido) quanto à sua visibilidade e presença de fluxo sanguíneo, respectivamente. A hipótese do presente estudo foi que a perda de peso reduziria a gordura hepática e, consequentemente, cessaria seu efeito mecânico sobre o lúmen venoso. Com isso, dividiu-se os cães do estudo em três grupos, de acordo com seu ECC: controle (ECC 4 ou 5), sobrepeso (ECC 6 ou 7) e obeso (ECC 8 ou 9), sendo este submetido à dieta, acompanhamento ultrassonográfico hepático e mensuração seriada de fosfatase alcalina (FA) e alanina aminotransferase (ALT). A dieta foi eficaz para o emagrecimento dos cães, porém a perda de peso não demonstrou efeitos sobre a VHD ou enzimas hepáticas. A utilização de histogramas auxiliou na detecção da gordura hepática e de sua redução ao longo da perda de peso do animal. Sendo assim, esta pode ser considerada uma ferramenta útil e de fácil execução, contribuindo no diagnóstico precoce e monitoramento da esteatose de forma não invasiva.

Keywords