Revista Gearte (Dec 2016)
Ensaio Visual: Com quantas janelas? Homenagem a Ana Mae Barbosa
Abstract
Nós tentamos fazer uma homenagem a Ana Mae Barbosa partindo da poética de sua própria imagem em ação, mas isso não é uma tarefa fácil, principalmente, se pensarmos em como ela tem dedicado a sua vida a nos mostrar a importância da Arte na Educação. Percebendo a dificuldade que seria a criação de um ensaio significativo que contemplasse o tempo e o espaço é que ficamos somente a abrir janelas! As janelas compartilhadas com artistas, pesquisadores e arte educadores adquiriram horizontes com linhas sinuosas, hibridizadas, que, por vezes passaram ao som, nos levando da visão à audição, e, do som, conseguimos atingir também o aroma! Talvez os artistas surrealistas tenham também aberto janelas! Pois, é certo que com Magritte nós conseguimos sentir o cheiro do mar, e, com Max Ernst, tocamos a textura da terra. Mas, é somente com João Jardim que passamos a buscar a “Janela da alma”! E, é dessa forma que alguns vão orientar o seu olhar no ensaio em que homenageamos a Barbosa. Alguns caminhos da construção do olhar se darão de dentro para fora, outros de fora para dentro, e, é nesse vai e vem da construção dos percursos em que os sentidos vão multiplicando as janelas. Ana Mae Barbosa tem criado novas janelas e também tem nos levado a construir novas miradas. Com o GEARTE tentamos encontrar o tom, o tempo certo da grandeza de uma vida que sabe dar valor ao sonho no compasso da realidade de seu país.