Einstein (São Paulo) ()

Avaliação prognóstica do tromboembolismo pulmonar por ecocardiograma com Doppler tecidual e peptídeo atrial natriurético tipo B

  • Ana Clara Tude Rodrigues,
  • Adriana Cordovil,
  • Cláudia Gianini Mônaco,
  • Laise Antônia Bonfim Guimarães,
  • Wércules Antônio Alves de Oliveira,
  • Claudio Henrique Fischer,
  • Edgar Bezerra de Lira-Filho,
  • Marcelo Luiz Campos Vieira,
  • Samira Saady Morhy

DOI
https://doi.org/10.1590/S1679-45082013000300013
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 3
pp. 338 – 344

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar o prognóstico do tromboembolismo pulmonar usando o ecocardiograma com Doppler tecidual e o peptídeo atrial natriurético. MÉTODOS: Pacientes com idade acima de 18 anos foram avaliados pelo ecocardiograma bidimensional e Doppler tecidual para medidas das velocidades miocárdicas (s'), strain e índice de performance miocárdica do ventrículo direito até 24 horas da confirmação diagnóstica do tromboembolismo pulmonar (tomografia/ cintilografia), sendo também o peptídeo atrial natriurético obtido até 24 horas. A influência das variáveis na mortalidade até 1 ano foi testada pela regressão de Cox. RESULTADOS: Dos 118 pacientes estudados, 100 foram incluídos, sendo 60 homens, com idade de 55±17 anos. Pelo ecocardiograma bidimensional, 28% dos pacientes apresentavam disfunção do ventrículo direito. As medidas da onda s', strain e deslocamento estiveram diminuídas para tais pacientes, que apresentavam, ainda, índice de performance miocárdica e pressão sistólica pulmonar aumentados. O peptídeo atrial natriurético médio foi de 66±111pg/mL, sendo 136±146pg/mL para pacientes com disfunção do ventrículo direito. A mortalidade foi 11% e pela análise univariada, relacionada à idade, neoplasia e peptídeo atrial natriurético. Entre as variáveis ecocardiográficas, somente a onda s' do Doppler tecidual e a pressão pulmonar associaram-se à maior mortalidade. Pela análise multivariada, entretanto, a presença de neoplasia foi o único preditor de óbito. CONCLUSÃO: Velocidades miocárdicas diminuídas e peptídeo atrial natriurético elevado estão associados a pior prognóstico em pacientes com tromboembolismo pulmonar, mas, nessa população, somente a presença de neoplasia foi capaz de predizer a mortalidade de maneira independente.

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