Sağlık Akademisi Kastamonu (Oct 2022)

ASSOCIAÇÃO DA MORTALIDADE EM IDOSOS ACOMETIDOS PELA COVID19 E AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

  • Daniela Frizon Alfieri,
  • Glauco Nonose Negrão,
  • Danielle Bordin,
  • Miguel Arcanjo Freitas Júnior,
  • Carla Luiza Silva,
  • Anna Lívia Kachinski

DOI
https://doi.org/10.25279/sak.1138777
Journal volume & issue
Vol. 7, no. Special Issue
pp. 183 – 184

Abstract

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Introdução: No início da pandemia, como observado em todo mundo, a COVID-19 afetou desproporcionalmente as populações mais velhas. Sabe-se que a população idosa pertence ao chamado grupo de risco, seja pelas condições de saúde subjacentes, seja pela imunossenescência natural do envelhecimento, apresenta maior risco de doença grave. Assim, indivíduos idosos que contraíram o vírus inspiram maior vigilância e cuidado no tratamento e acompanhamento da infecção, visando sempre diminuir as complicações e a mortalidade. Objetivo: analisar a associação da mortalidade de idosos hospitalizados e as doenças crônicas não transmissíveis em pacientes que contraíram o Sars-Cov-2. Método: Pesquisa pertencente a um grupo de trabalho envolvendo 4 Universidades no Paraná (UEPG, UEL, UNICENTRO E UFPR) sobre a temática Covid19, com fomento da Fundação Araucária – Paraná. Esta pesquisa faz parte de um projeto guarda-chuva e este estudo está vinculada a fase 2 do projeto maior. Estudo quantitativo, transversal, descritivo, de caráter documental, realizado de março a dezembro de 2020, com idosos hospitalizados que contraíram Covid19 no Estado do Paraná. A amostra foi constituída por 8447 pacientes, as variáveis foram analisadas por software estatístico e a pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética, sob número 39108020.0.0000.010. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por idosos do sexo masculino, com idade média de 73 anos e brancos, com prevalência de óbito de 47,3%. Conforme dados apresentados pode-se perceber que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como cardiovasculares (p valor <0,001), Hipertensão arterial sistêmica (HAS) (p valor <0,001), diabetes (p valor <0,001), pulmonares (p valor <0,001), hepáticas (p valor 0,005), neoplasias (p valor <0,001), renal (p valor <0,001) e obesidade (p valor <0,001) foram determinantes no desfecho os idosos. Verificou-se que idosos com COVID-19 apresentaram mais chance de vir a óbito quando dispunham de doença cardiovascular, Diabetes, Doença Neurológica, renal e pulmonar, a presença destas doenças aumentou 1,78, 1,34, 2,79, 2,02 e 1,48 vezes (respectivamente) a chance do indivíduo vir a óbito em decorrência da Covid19. Conclusão: o perfil de saúde da população idosa brasileira a torna de alto risco à gravidade da COVID-19, já que a prevalência de doenças crônicas é alta. Este estudo apontou que os pacientes idosos, do sexo masculino e com doenças de bases associadas predominaram na análise deste estudo. Este estudo tem algumas limitações. Seria interessante repetir este estudo com mais pacientes para melhorar a representatividade e o poder estatístico. Recomenda-se o desenvolvimento de novas pesquisas que sejam representativas da população idosa e estudos mais aprofundados sobre o impacto da pandemia na saúde desta população.

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