Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (Jan 2023)

Avaliação da Adesão Medicamentosa no controle da Hipertensão Arterial no Interior da Bahia

  • Erlan Canguçu Aguiar,
  • Nara Jacqueline Souza dos Santos,
  • Priscila Ribeiro de Castro,
  • Pablo Maciel Brasil Moreira,
  • Kleiton Coelho de Almeida,
  • Paola Bandeira Souza,
  • Márcio Galvão Guimarães de Oliveira

DOI
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.40
Journal volume & issue
Vol. 7, no. s.1

Abstract

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Introdução: O uso da farmacoterapia tem papel fundamental no controle da Pressão Arterial (PA), resultando na redução de desfechos negativos. Dessa forma, a adesão medicamentosa tem grande potencial de influenciar nos resultados clínicos dos pacientes. Objetivo: Avaliação da associação entre adesão medicamentosa e o controle da pressão arterial. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado no período de janeiro de 2021 a março de 2022, em uma farmácia pública em Vitória da Conquista - BA. A aferição de PA foi feita em consultório com base nas orientações descritas nas Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Valores de PA abaixo de 150/90 mmHg entre os pacientes com mais de 60 anos e abaixo de 140/90 mmHg para os demais pacientes foram considerados controlados. Os pacientes foram classificados em aderentes e não-aderentes com base na pontuação apresentada pelo Brief Medication Questionnaire (BMQ). A análise estatística foi feita através do programa Jamovi 2.2.5 adotando p-valor <0,05 como nível de significância. A análise entre a adesão medicamentosa e controle da PA foi feita pelo teste de qui-quadrado. Resultados: Foram incluidos 160 pacientes com HAS, sendo a maioria do sexo feminino (75,6%), com grau de escolaridade até o ensino fundamental (61,4%) e com mais de 5 anos de diagnóstico (65%). A média de idade foi de 53,1 anos e número médio de anti-hipertensivos em uso foi de 2,08. Além disso 60% foram classificados como aderentes ao tratamento medicamentoso e 73,7% estavam com a PA controlada. Entre o grupo dos aderentes, 60,2% apresentaram PA controlada. Já no grupo dos não-aderentes, 39,8% apresentaram controle da PA. Quanto à associação entre a adesão e o controle da PA, não houve correlação estatisticamente significativa (p-valor = 0,942).Conclusão: Embora a adesão ao uso dos medicamentos seja de grande importância para o controle da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), existem outros fatores capazes de influenciar neste controle, e consequentemente, nos desfechos clínicos advindos dele. Sendo assim, pode se entender que o controle da PA é resultado da combinação de elementos diversos, como adequações no tratamento medicamentoso e não medicamentoso, que atuam para promovê-lo. Ainda assim, torna-se perceptível que a adesão medicamentosa é um elemento de grande valia para HAS, já que foi demonstrado que o número de pacientes com controle da PA é maior no grupo de aderentes ao uso de medicamentos do que os não-aderentes.