RevSALUS (Jan 2024)

O Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica na promoção da esperança na doença oncológica pediátrica

  • Maria Lemos,
  • Catarina Rodrigues,
  • Lina Pires,
  • Rita Vieira,
  • Vera Duarte,
  • Goreti Marques,
  • Rita Fernandes

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.674
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: A adolescência é uma fase de mudanças importantes no processo de desenvolvimento biopsicossocial, apresentando-se com particular vulnerabilidade pelo processo de transição acometido. O diagnóstico de uma doença oncológica na fase da adolescência é perspetivado como contraditório e inesperado, num período de construção do futuro, agravado pelo sentimento de vulnerabilidade caraterístico desta etapa, para o qual o Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica (EESIP) deve focar a sua intervenção. Objetivos: Identificar intervenções de Enfermagem promotoras de esperança numa adolescente com doença oncológica. Material e Métodos: Realizado um estudo de caso orientado nas guidelines Case Reports como desenho de estudo estruturado (Gagnier et al., 2013), com pesquisa de evidência em diversas fontes científicas: SciELO, CINAHL e Pubmed. O estudo aborda uma adolescente diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda num serviço de Pediatria Oncológica. Perante um caso clínico na área de Enfermagem, e adaptando as diretrizes anteriormente referidas, foi realizada uma análise reflexiva e investigativa, baseada no raciocínio clínico do processo de Enfermagem, enaltecendo a importância deste tipo de estudos na construção de novas práticas cada vez mais complexas e avançadas na intervenção do Enfermeiro, reconhecendo que mais estudos devem ser realizados para aumentar o grau de evidência que os casos clínicos comportam entre si (Yang et al., 2019). Resultados: Numa visão holística, através da avaliação de Enfermagem, a esperança surge como um dos focos de atenção, com orientação de intervenções do EESIP como promotoras de esperança na adolescente, por enfrentar diversos processos de transição complexos, com necessidades de intervenção particulares e especiais, visto ser necessário suporte emocional e mecanismos de coping para enfrentar uma doença oncológica (Saraiva & Sousa, 2022; Paramos et al., 2023). Dentro da sua capacidade de adaptação de intervenção do EESIP ajustada ao processo de transição da adolescente (Souza et al., 2022), este promove fatores facilitadores que influenciam a esperança dentro do seu caráter dinâmico (Santos et al., 2020), numa visão holística e humanista da adolescente. Conclusões: A intervenção do EESIP perante uma adolescente em processo de doença oncológica, é de extrema importância, no seu ajuste a cada momento de transição, com intervenções facilitadoras de esperança, promoção da adoção de estratégias de empoderamento, num sentido de maximização de todo o potencial da adolescente, orientando-a numa transição saudável, com perspetiva num futuro próximo e na manutenção dos seus sonhos e objetivos para a vida.

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