Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Apr 2021)

Fatores de Risco Cardiovascular em Cardiologistas Especialistas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

  • Maria Emília Figueiredo Teixeira,
  • Priscila Valverde de O. Vitorino,
  • Celso Amodeo,
  • Tânia Martinez,
  • Andréa Araujo Brandão,
  • Eduardo Costa Duarte Barbosa,
  • Audes Diógenes Magalhães Feitosa,
  • Paulo Cesar B. Veiga Jardim,
  • Ana Luiza Lima Souza,
  • Weimar Kunz Sebba Barroso

DOI
https://doi.org/10.36660/abc.20200125
Journal volume & issue
Vol. 116, no. 4
pp. 774 – 781

Abstract

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Resumo Fundamento: Principal causa de morte em todo o mundo, as doenças cardiovasculares (DCV) e sua prevalência nos médicos cardiologistas são pouco conhecidas. Objetivos: Descrever os hábitos de vida e os fatores de risco cardiovascular e verificar a prevalência de diagnóstico, conhecimento e controle dos fatores de risco cardiovasculares (FRCV) de médicos cardiologistas associados e especialistas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Métodos: Estudo multicêntrico nacional transversal que avaliou cardiologistas brasileiros por meio de questionário sobre hábitos de vida, doenças preexistentes, medicações em uso, medidas antropométricas, pressão arterial e dosagens de glicose e lípideos sanguíneos. Resultados: Foram avaliados 555 cardiologistas, 67,9% do sexo masculino, média de idade de 47,2±11,7 anos. A maioria era não tabagista (88,7%), fisicamente ativa (77,1%), consumia bebida alcóolica (78,2%), com circunferência abdominal normal (51,7%) e excesso de peso (56,1%). As prevalências de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e dislipidemia (DLP) foram de 32,4%, 5,9% e 49,7%, respectivamente e, destes, apenas 57,2%, 45,5% e 49,6% sabiam ter as doenças. Conclusões: Os cardiologistas brasileiros participantes do estudo apresentaram prevalências significativas de HAS, DM e DLP, mas apenas a metade dos participantes sabia ser portador dessas condições e, entre eles, as taxas de controle eram baixas para HAS e DLP, apesar de os cardiologistas serem profissionais detentores de conhecimento diferenciado sobre esses FRCV. Os achados representam um alerta para a abordagem dos FRCV em cardiologistas brasileiros e estimulam a realização de estudos futuros.

Keywords