Brazilian Archives of Biology and Technology (Jan 2003)

Impacts of the construction of the Port of Suape on phytoplankton in the Ipojuca River estuary (Pernambuco-Brazil)

  • Maria Luise Koening,
  • Enide Eskinazi Leça,
  • Sigrid Neumann-Leitão,
  • Silvio José de Macêdo

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-89132003000100012
Journal volume & issue
Vol. 46, no. 1
pp. 73 – 82

Abstract

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In order to address the impact on phytoplankton, sampling was conducted monthly at 4 fixed stations, from April/86 to March/87 at diurnal low and high tide using a plankton net (65 mum mesh size) and a 1 L Van Dorn bottle. Among the 133 taxa identified, marine littoral euryhaline species were most common, outranking Gyrosigma balticum (Ehrenberg) Rabenhorst, Nitzschia sigma (Kützing) Wm. Smith, Licmophora abbreviata Agardh, Climacosphenia moniligera Ehrenberg, Surirella febigerii Lewis, Terpsinoe musica Ehrenberg and Cylindrotheca closterium (Ehrenberg) Reiman and Lewis. The port construction caused significant changes to the phytoplankton community with a strong influence of marine species (mainly dinoflagellate) because of the opening of the reef near the river mouth in 1983. The shallow depth and hydrodynamic brought many littoral species to the water columm. The community was composed by marine euryhaline and limnetic organisms, influenced by the salinity, rain and tide. Species diversity was high (> 3 bits.cel-1) owing to the high environmental heterogeneity (marine, freshwater and benthic interactions). After the port implantation, a strong decrease occurred in phytoplankton density owing to high loads of suspended matter. Lowest values (121,00 cells.l-1) were registered during rainy season. During dry season, when light intensity was higher, phytoplankton presented highest density ( 1,789,000 cells.l-1).A implantação do Complexo Industrial Portuário de Suape (Pernambuco-Brasil) entre 1979 e 1984, modificou os processos ecológicos observados no estuário do rio Ipojuca. As amostras foram coletadas mensalmente em 4 estações fixas, no período de abril/86 a março/87 nas preamares e baixa-mares diurnas, utilizando-se uma rede de plâncton com abertura de malha de 65 mim e garrafas de Van Dorn. Foram identificados um total de 133 taxa. As espécies marinhas litorais foram as mais comuns e freqüentes, destacando-se: Gyrosigma balticum (Ehrenberg) Rabenhorst, Nitzschia sigma (Kützing) Wm. Smith, Licmophora abbreviata Agardh, Climacosphenia moniligera Ehrenberg, Surirella febigerii Lewis, Terpsinoe musica Ehrenberg and Cylindrotheca closterium (Ehrenberg) Reiman and Lewis. A composição florística do fitoplâncton mostrou diferenças significativas após a construção do Porto, tendo ocorrido uma maior representação de espécies marinhas, principalmente de dinoflagelados, as quais, com a abertura dos recifes foram mais facilmente carreadas para o estuário. A flora esteve caracterizada por espécies litorais, que em virtude da pequena profundidade e aumento do hidrodinamismo, chegam à camada superficial da coluna da água. A comunidade fitoplanctônica está influenciada pela salinidade, precipitação pluviométrica e variações de marés. Devido à interação de diversos fluxos, a diversidade específica foi elevada (> 3 bits.cel-1), demonstrando haver uma heterogeneidade ambiental. Após a construção do Porto, foi verificado uma diminuição da densidade fitoplanctônica devido à grande quantidade de material em suspensão, sendo a luz o fator limitante. Os menores valores foram registrados no período chuvoso (121.000 cel.l-1), apesar das concentrações elevadas de nutrientes. No período seco, quando a intensidade luminosa é mais intensa, o fitoplâncton apresenta as maiores densidades (1.789.000 cel.l-1).

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