Boletim de Pesquisa NELIC (Aug 2022)

Literatura indígena: escrita-eco e [re]tomadas a partir do regime estético das artes de Jacques Rancière

  • Alessandra Guterres Deifeld

DOI
https://doi.org/10.5007/1984-784X.2020.e82770
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 32

Abstract

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O presente artigo realiza uma reflexão sobre a expansão do comum e as novas tomadas de parte no sensível decorrentes da revolução estético-política provocada por sujeitos indígenas na esfera das artes que apresentam fraturas no consenso, de modo a reaflorar o dissenso e remodelar a vida democrática. O ponto de partida é a legitimação do indígena enquanto sujeito político de direitos, a partir da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, tendo como fio condutor as concepções de Jacques Rancière acerca de regime estético das artes, política e democracia. Para diminuir a lacuna ruidosa entre o contexto que concebe os aparatos teóricos aqui mobilizados e o contexto em que se inserem os sujeitos indígenas de Pindorama, se procede um ajuste nas lentes que evidencia o eco da palavra indígena e contemporiza sua existência.

Keywords