Boletim de Pesquisa NELIC (Aug 2022)
Literatura indígena: escrita-eco e [re]tomadas a partir do regime estético das artes de Jacques Rancière
Abstract
O presente artigo realiza uma reflexão sobre a expansão do comum e as novas tomadas de parte no sensível decorrentes da revolução estético-política provocada por sujeitos indígenas na esfera das artes que apresentam fraturas no consenso, de modo a reaflorar o dissenso e remodelar a vida democrática. O ponto de partida é a legitimação do indígena enquanto sujeito político de direitos, a partir da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, tendo como fio condutor as concepções de Jacques Rancière acerca de regime estético das artes, política e democracia. Para diminuir a lacuna ruidosa entre o contexto que concebe os aparatos teóricos aqui mobilizados e o contexto em que se inserem os sujeitos indígenas de Pindorama, se procede um ajuste nas lentes que evidencia o eco da palavra indígena e contemporiza sua existência.
Keywords