Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Nov 2006)
Avaliação tardia de endopróteses coronarianas com sirolimus: comparação da tomografia computadorizada por múltiplos detectores com a angiografia quantitativa e o ultra-som intracoronariano Late outcome of sirolimus-eluting stents: comparison of multidetector computed tomography with quantitative coronary angiography and intravascular ultrasound
Abstract
OBJETIVO: Avaliar os resultados da tomografia computadorizada por múltiplos detectores na avaliação dos resultados tardios de pacientes submetidos ao implante de endopróteses com sirolimus. MÉTODOS: Selecionamos 30 pacientes, previamente submetidos ao implante de stents com sirolimus com sucesso e com mais de seis meses de evolução. Todos foram submetidos à angiografia invasiva e ao ultra-som intravascular após a angiotomografia, feita com a injeção de 1,5 ml/kg de peso de meio de contraste iodado. RESULTADOS: A média dos diâmetros proximais de referência foi 3,01 ± 0,31 mm pela tomografia e 3,14 ± 0,31 mm pela angiografia (p = 0,04). Ao eliminarmos a artéria circunflexa da análise, a discrepância entre os dois exames deixou de ser significante -(tomografia= 3,01 ± 0,32 mm, angiografia= 3,10 ± 0,30 mm, p = 0,65). A média dos diâmetros distais de referência foi 2,86 ± 0,30 mm pela tomografia e 2,92 ± 0,32 pela angiografia (p = 0,25). A média do calibre mínimo no interior da endoprótese foi 2,85 ± 0,25 mm pela tomografia e 2,85 ± 0,29 mm angiografia (p = 0,27). A área de secção transversal mínima intra-stent foi 7,19 ± 1,47 mm² pela tomografia e 6,90 ± 1,52 mm² pelo ultra-som intracoronariano (p = 0,36), mas a correlação entre estas medidas era fraca (r= 0,33). CONCLUSÃO: A tomografia possibilita a avaliação qualitativa das endopróteses, a estimativa correta do diâmetro de referência proximal e distal dos vasos-alvo, além do calibre mínimo intra-stent. Sua correlação com as medidas feitas pelo ultra-som intracoronário, porém é menos intensa.OBJECTIVE: To assess the performance of multidetector computed tomography in determining late clinical outcomes of patients undergoing sirolimus-eluting stent implantation. METHODS: Thirty patients, successfully submitted to sirolimus-eluting stent implantation for more than six months, were selected to participate in the study. All underwent invasive angiography and intravascular ultrasound following CT angiography using iodinated contrast medium at a dose of 1.5 ml/kg. RESULTS: Mean proximal reference diameter was 3.01 ± 0.31 mm by tomography and 3.14 ± 0.31 mm by angiography (p = 0.04). When the left circumflex artery was excluded from the analysis, the difference between both examinations was no longer significant (tomography = 3.01 ± 0.32 mm; angiography = 3.10 ± 0.30 mm, p = 0.65). Mean distal reference diameter was 2.86 ± 0.30 mm by tomography and 2.92 ± 0.32 by angiography (p = 0.25). Mean in-stent minimal lumen diameter was 2.85 ± 0.25 mm by tomography and 2.85 ± 0.29 mm by angiography (p = 0.27). Mean minimal in-stent cross-sectional area was 7.19 ± 1.47 mm² by tomography and 6.90 ± 1.52 mm² by intravascular ultrasound (p = 0.36), but there was only a weak correlation between these measurements (r = 0.33). CONCLUSION: Computed tomography allows the qualitative assessment of sirolimus-eluting stents, accurate estimate of proximal and distal reference diameters of the target vessel, and in-stent minimal lumen diameter. Its correlation with measurements performed using intravascular ultrasound, however, is less strong.
Keywords