Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jul 1998)

Revascularização completa do miocárdio com uso exclusivo de enxertos arteriais

  • Luís Alberto DALLAN,
  • Sérgio Almeida de OLIVEIRA,
  • Luiz A. LISBOA,
  • Fernando PLATANIA,
  • Fabio B. JATENE,
  • José Carlos R. IGLÉZIAS,
  • Carlos ABREU FILHO,
  • Richard CABRAL,
  • Adib D. JATENE

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76381998000300001
Journal volume & issue
Vol. 13, no. 3

Abstract

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Os autores apresentam sua experiência com 385 pacientes, no período de 30 meses, que tiveram seu miocárdio revascularizado com o uso exclusivo de enxertos arteriais. Oito deles já haviam sido previamente revascularizados, 114 (29,6%) apresentavam lesão coronária unilateral, 118 (30,6%) biarterial e 153 (39,7%) pacientes tinham comprometimento em 3 ou mais artérias coronárias. A artéria torácica interna esquerda foi utilizada preferencialmente para o ramo interventricular anterior. A artéria coronária direita foi usada in situ para a coronária direita e seus ramos, ou como enxerto livre a partir da aorta ou ainda em "Y" artificial a partir da artéria torácica interna esquerda para ramos diagonais e marginais da coronária esquerda, num total de 108 (28,1%) pacientes. Foram também empregadas as artérias: radial em 215 (55,8%) pacientes, gastroepiplóica direita em 24 (6,3%) pacientes e a artéria epigástrica inferior em 4 (1,1%) pacientes. No total foram realizados 809 enxertos arteriais nesse grupo de pacientes, com 839 anastomoses com as artérias coronárias. Nos pacientes com lesão coronária triarterial a média de artérias revascularizadas foi de 3,2 por paciente. Não foram observados óbitos intra-operatórios. A mortalidade hospitalar foi de 7 (1,8%) pacientes, dos quais apenas 3 (42,8%) decorrentes de baixo débito cardíaco. Os autores destacam as vantagens do uso preferencial de enxertos arteriais na revascularização do miocárdio de grupos selecionados de pacientes, especialmente de faixa etária baixa. Essas conclusões baseiam-se na pequena incidência de morbimortalidade observada, além da reconhecida superioridade dos enxertos arteriais, especialmente da artéria torácica interna, patente a longo prazo e pela possibilidade de sua composição com os demais enxertos arteriais.The authors present their experience over a period of 30 months with 385 patients submitted to myocardial revascularization procedures using only arterial grafts. Eight patients had already been revascularized: 114 (29.6%) had lesions just in one coronary artery, 118 (30.6%) in two arteries and 153 (39.7%) in three or more arteries. The left internal thoracic artery was preferably used for bypassing the anterior interventricular branch. The right internal thoracic artery was used "in situ" for the right coronary artery and its branches or as a free graft from the aorta or even in artificial "Y" from the left internal thoracic artery to the diagonal and marginal branches of the left coronary artery. Other arteries such as the radial artery were used in 215 (55.8%). The right gastroepiploic artery in 24 (6.3%) and the inferior epigastric artery in 4 (1.1%) patients. Summing up, 809 arterial grafts were used in that group of patients and in 839 anastomoses to the coronary arteries. In patients with lesions in three coronary arteries the average of revascularized arteries was 3.2 for each patient. There were no intra-operative deaths. Seven (1.8%) patients died during their stay in the hospital but only 3 (42.8%) of them presented low cardiac output. The authors also emphasize the advantages of using just arterial grafts in a selected group of patients especially young ones. This conclusion is based on the low incidence of morbimortality observed in that group and also due to the well-known superiority of arterial grafts as the internal thoracic arteries which present a high percentage of patency over the years and also make possible a composition with other arterial grafts.

Keywords