HU Revista (Apr 2021)

Caracterização de algumas variáveis sociodemográficas, ocupacionais e de saúde de profissionais com sintomas osteomusculares da unidade ambulatorial de um hospital universitário

  • Fernanda Mazzoni da Costa,
  • Daniele Knopp Ribeiro,
  • Ingryd Guimarães de Oliveira,
  • Marina Ribeiro dos Santos,
  • Nathalia Fontoura Signé,
  • Vitor Fabiano da Silva Chaves,
  • Maria das Dores de Souza,
  • Neusa Maria Costa Alexandre

DOI
https://doi.org/10.34019/1982-8047.2021.v47.29472
Journal volume & issue
Vol. 47

Abstract

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Introdução: Políticas de saúde e qualidade de vida no trabalho devem ser desenvolvidas a partir de cada realidade. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico, ocupacional e de saúde de profissionais com sintomas osteomusculares da unidade ambulatorial de um Hospital Universitário. Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, quantitativo, com profissionais de um hospital universitário com sintomas osteomusculares. Utilizou-se questionários de caracterização sociodemográfica e ocupacional, questionário internacional de atividade física, Nórdico, escala numérica, tempo de duração dos sintomas, questionário de avaliação de incapacidade causada pela dor, tratamento para a dor relatada e escala de estresse percebido. Resultados: População constituída, majoritariamente, por mulheres (66,4%), na metade da vida economicamente ativa (média de 39,02 anos±11,00), com formação superior (60,8%), apenas um emprego (84%), celetistas no local (68%), jornada de trabalho conforme estipulado pela legislação trabalhista (média de 42,30 horas±9,36), atuantes em setores assistenciais (59,2%) e que praticavam atividades físicas (58,4%). A maioria relatou tempo de duração da dor de até 6 semanas (50,4%), mas parcela considerável referiu dor persistente por mais de 12 semanas (40%), sendo a parte inferior das costas a região de maior ocorrência (38,4%). A maioria não consultou profissionais de saúde (62,4%) e não realizou tratamento (72,8%). Dentre as pessoas que realizaram, a maior parte informou utilizar medicação prescrita (7,2%), pilates (5,6%) e automedicação (4,8%). A intensidade da dor foi semelhante à de outros estudos (média de 6,05±2,77). A maioria informou não ter impedimentos para realizar atividades (76%) e a incapacidade causada pela dor caracterizou-se como moderada (média de 29,46±18,87). A média de estresse percebido condiz com resultados de estudos nacionais (19,06±4,73). Conclusão: O conhecimento dessa realidade pode subsidiar o planejamento de políticas e implementação de estratégias que contribuam com a promoção da saúde dos trabalhadores e qualidade de vida no trabalho.

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