Revista Uningá (Jun 2009)
Riscos da utilização de inibidores seletivos da recaptação de serotonina em crianças e adolescentes
Abstract
A depressão infantil é uma patologia cada vez mais freqüente e deve ser tratada, pois pode causar sérios danos futuros além de comorbidades. O tratamento medicamentoso com Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) é muito utilizado por apresentar os menores efeitos adversos em relação às outras classes de medicamentos. Esse trabalho se propõe a levantar os riscos da utilização dos ISRS para tratamento de transtornos depressivos em crianças e adolescentes e apontar o fármaco com menor toxicidade para esses casos. A metodologia utilizada baseou-se em revisão da literatura em base de dados científicos como o Medline e o Scielo, a partir da análise de estudos clínicos randomizados e metanálises. Verificou-se que alguns antidepressivos ISRS podem causar sérios efeitos adversos, sendo os mais relevantes às ideações e comportamentos suicidas. Dentre os ISRS, a Paroxetina continua sendo um objeto de discussões e contradições devido à eficácia e os riscos de incidências suicidas; a Fluvoxamina, o Escitalopram e a Venlafaxina apesar da eficácia necessitam de novos estudos devido a seu recente ingresso no mercado. Concluindo, a Fluoxetina e a Sertralina são os únicos antidepressivos ISRS que até o momento têm mostrado segurança terapêutica e com menor incidência de efeitos adversos, representando, portanto, os fármacos que apresentam menores riscos para as crianças e adolescentes.