Scientia Agricola (Aug 2007)

Perspectives on biodiversity science in Brazil Perspectivas das ciências da biodiversidade no Brasil

  • Fabio Rubio Scarano

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-90162007000400016
Journal volume & issue
Vol. 64, no. 4
pp. 439 – 447

Abstract

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Biodiversity issues in Brazil have reached a critical point. On one hand, biodiversity science is increasing in quality and quantity, however on the other, habitat destruction in all major biomes still maintain alarmingly high rates. This paradox, from a scientific perspective, has two central tenets that scientists should focus on. First, although science related to biodiversity is of high standard in Brazil as compared to that of peers in the world, it is still not at the leading edge of research. Second, the wealth of information built up by strong research programmes, such as Biota/Fapesp - to which this special issue of Scientia Agricola is dedicated - is beginning to help decision-makers to improve precision and quality of their decisions concerning the environment, but still much is left to be done in this respect. Therefore, I discuss some of the biodiversity issues that remain controversial and demand fast scientific growth. Tackling them Brazil may finally reach the leading edge of biodiversity research. Finally, I discuss how communication between scientists and decision-makers and the general public may be improved, highlighting how a strong education project is urgently needed from kindergarten to graduate programmes in order to solve the two problems above mentioned and definitely crack the paradox biodiversity knowledge vs. biodiversity destruction.A temática da biodiversidade no Brasil alcançou um ponto crítico onde, por um lado, a ciência da biodiversidade aumenta em quantidade e em qualidade, enquanto que por outro, a destruição de habitats nos grandes biomas brasileiros se mantém em taxas alarmantes. Eu defendo que este paradoxo, numa perspectiva científica, tenha dois princípios centrais nos quais cientistas talvez devessem se concentrar. Primeiramente, embora as ciências relacionadas à biodiversidade no Brasil sejam de alto padrão se comparadas com o que é produzido no resto do mundo, o país ainda não detém a ponta do conhecimento em nenhuma destas ciências. E segundo lugar, a riqueza de informações produzida por fortes programas de pesquisa - como o Biota/Fapesp, ao qual este número especial de Scientia Agricola é dedicado - está apenas começando a auxiliar tomadores-de-decisão a aumentar a precisão e a qualidade das decisões referentes ao meio ambiente, mas ainda há muito a ser feito a este respeito. Portanto, eu discuto alguns dos tópicos acerca da biodiversidade que permanecem controvertidos e demandam rápido crescimento científico. Eu proponho que atacando estes temas o Brasil talvez possa vir a alcançar a ponta do conhecimento em médio prazo. Em seguida, discuto como podem ser aprimoradas as vias de comunicação entre cientistas e tomadores-de-decisão e o público em geral, enfatizando como um forte programa educacional - que cubra do jardim de infância à pós-graduação - será imprescindível para solucionar os dois problemas acima e definitivamente romper com o paradoxo conhecimento da biodiversidade vs. destruição da biodiversidade.

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