Revista Contexto & Saúde (Nov 2020)

REABILITAÇÃO PULMONAR COM TREINAMENTO DE EQUILÍBRIO EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

  • Tamires Daros dos Santos,
  • Sheila Jacques Oppitz,
  • Yessa do Prado Albuquerque,
  • Adriane Schmidt Pasqualoto,
  • Aron Ferreira da Silveira,
  • Isabella Martins de Albuquerque

DOI
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2020.40.22-31
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 40

Abstract

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O objetivo do estudo foi revisar sistematicamente a literatura sobre a eficácia da adição do treino de equilíbrio (TE) em programas de reabilitação pulmonar (RP) comparado a RP convencional na melhora do equilíbrio postural de indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A estratégia de busca foi realizada nas bases de dados PubMed/MEDLINE, SciELO, LILACS, PEDro, Scopus e Web of Science, sem restrição quanto ao ano de publicação ou idioma, conforme recomendações do PRISMA. Os critérios de inclusão contemplaram: ensaios clínicos envolvendo o TE na RP para melhora do equilíbrio postural em sujeitos com DPOC, publicados até junho de 2019. Dois revisores selecionaram os estudos, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés, utilizando o Handbook da Cochrane, de forma independente. Dos 172 estudos potencialmente elegíveis, 2 foram incluídos, compreendendo um total de 107 pacientes com DPOC, dos quais 56 foram alocados no grupo intervenção (TE adicionalmente à RP convencional) e os demais foram inseridos no grupo controle (RP convencional). O TE adicionalmente a RP propiciou melhora no equilíbrio postural em relação à RP convencional, entretanto não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos quanto ao nível de confiança na realização de atividades específicas e tolerância ao exercício. Os estudos apresentaram baixo risco de viés (alta qualidade). Sugere-se que a adição do TE em programas de RP convencional seja mais eficaz na melhora do equilíbrio postural em comparação à RP convencional. Entretanto, devido ao reduzido número de estudos disponíveis, não há evidência robusta para tomada de decisão clínica.

Keywords