Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia ()

Desenvolvimento e avaliação de equipamento de tração, para redução de fraturas de ossos longos de cães

  • E.A. Tudury,
  • A.F.A. Souza,
  • T.H.T. Fernandes,
  • B.M. Araújo,
  • L.M. Oliveira,
  • M.M.A. Amorim,
  • C.R.S. Espíndola,
  • I.C.C. Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-4162-8398
Journal volume & issue
Vol. 69, no. 4
pp. 933 – 940

Abstract

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RESUMO Fraturas costumam ocorrer com encavalgamento das extremidades ósseas, dificultando, assim, sua redução. Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver um equipamento de tração esquelética a ser utilizado em caninos acometidos de fraturas de ossos longos. Foram utilizados 21 cães de raças variadas, pesando entre dois e 27kg, com idade entre dois meses e 11 anos, com fraturas diafisárias ou metafisárias ocorridas entre três e 24 dias. Enquanto a fixação do corpo do paciente à mesa foi efetuada com cintas de náilon, a força de tração aplicada ao longo do eixo ósseo do membro fraturado foi realizada mediante cintas de náilon ou pinos transfixados e estribos (sendo os pinos implantados na epífise distal do osso fraturado), com a força de tração medida por um dinamômetro, não sendo aplicada carga maior que 25kg. Em todos os casos, a força de tração iniciava com o valor de cinco quilogramas, exceto em animais com peso inferior a esta, a qual começava com carga equivalente a esse peso; e em todos, se necessário, era aumentada a cada cinco minutos para se manter tração igual ao peso ou aos valores que oscilavam do seu peso até cinco quilogramas, dependendo do tamanho do animal, até se atingir a tração necessária para se proceder à redução. Para essa progressão de distensão, o equipamento possuía haste rosqueada de 25mm de diâmetro, uma porca com sistema timão e cilindro deslizante por fora da haste, este conectado ao animal por uma corrente, e o dinamômetro. Todos os animais tiveram as fraturas reduzidas sem haver perda óssea, o que evidencia que o aparelho se mostrou eficiente tanto na redução como na manutenção da redução da fratura, e eles não apresentaram, no pós-operatório, sinais de prejuízos neurológicos, vasculares, cutâneos e articulares. O distensor ósseo aqui desenvolvido tem como características: ser de simples confecção, ter baixo custo, não gerar danos ao paciente e facilitar a redução dos fragmentos tanto em fraturas recentes quanto em antigas.

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