Revista Agrogeoambiental (Dec 2009)
Os efeitos naturais, econômicos e sociais da erosão na margem direita do rio são francisco na sustentabilidade dos agroecossistemas
Abstract
A evolução do processo erosivo na margem direita do baixo curso do rio São Francisco tem ocorrido de forma acentuada e os vários estudos que foram desenvolvidos para determinar os processos de degradação ambiental convergem para um ponto comum: o processo erosivo marginal foi intensificado a partir da regularização da vazão do rio, através da implantação das barragens. Essa intervenção no curso natural do rio tem causado prejuízos ambientais, econômicos e sociais. Este trabalho teve por objetivo levantar a linha atual da margem direita do rio São Francisco, quantificar a perda de área agricultável nos agroecossistemas e analisar os seus efeitos na sustentabilidade dos agroecossistemas implantados no Perímetro Irrigado Cotinguiba/Pindoba. Utilizando-se a tecnologia de posicionamento por satélite – GPS (Global Positioning System) para o levantamento da posição da margem atual e mapas topográficos do Mapeamento Sistemático Nacional - editados em 1975, foi possível determinar o recuo da margem e a área agrícola erodida. A média anual do recuo da margem mede 12,36 metros. A área agrícola perdida corresponde a uma superfície equivalente a 75,59 hectares. Esta superfície agricultável representa 2,5% da área total do projeto de irrigação Cotinguiba/Pindoba e a perda por erosão é da ordem de 3,0 hectares/ano.