Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)
TERAPIAS INOVADORAS NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA)
Abstract
Objetivo: Explorar e compreender a eficácia e segurança de terapias inovadoras no tratamento de Leucemia Mieloide Aguda (LMA), identificando novas abordagens que possam melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes. Material e métodos: Por meio de pesquisas em artigos científicos, utilizando como base de dados de estudo o Google Acadêmico, PubMed Central e SciElo, com as seguintes palavras chaves: Atuação fisioterapêutica; Leucemia; Qualidade de vida, alguns artigos nacionais e também artigos internacionais. Os critérios de inclusão dos estudos consistiram em: publicação em português ou inglês, e artigos publicados entre 2017 e 2024. Foram excluídos artigos não apresentados sob a forma de revisão sistemática e ensaio clínico, que não atendiam aos critérios propostos da temática. Inicialmente foram selecionados 15 artigos sobre o tema, porém 7 artigos foram excluídos por não apresentarem relevância ao estudo proposto. Resultados: O diagnóstico de LMA é confirmado pela presença de pelo menos 20% de células imaturas e anormais (blastos mieloides) na medula óssea. O tratamento tradicional para LMA envolvia quimioterapia combinada com terapias-alvo, como inibidores de tirosina quinase (TKIs). Foi demostrado por Abreu et al. (2012) que dos 30 pacientes submetidos a TCTH, 39% sobreviveram ao primeiro ano pós-transplante. Esse procedimento destaca-se pelo potencial de substituir o sistema hematopoiético do paciente e eliminar células leucêmicas residuais, prevenindo recaídas e proporcionando uma possível cura. O procedimento consiste na infusão de um concentrado com o objetivo de tratar doenças hematológicas, onco-hematológicas e imunodeficiências, principalmente recidivantes e refratárias a outras terapêuticas. Vergas et al. (2019) demonstrou que o TCTH é uma terapia pós-remissão eficaz, sendo frequentemente considerada curativa. As terapias-alvo focam em mutações genéticas específicas, como FLT3, IDH1 e IDH2, inibindo vias de sinalização anormais que promovem o crescimento das células cancerosas. Discussão: Na indicação do TCTH é fundamental considerar diversos fatores tanto relacionados ao receptor quanto ao doador. No que diz respeito aos doadores, a compatibilidade dos antígenos leucocitários humanos é um aspecto crucial, pois é o principal fator genético que influencia o sucesso do transplante. Para o receptor, é essencial analisar o tipo e o estágio da doença, a viabilidade do doador, a idade do paciente e seu estado geral de saúde, entre outros aspectos. É recomendável que o acompanhamento pós-TCTH seja mantido até o D+100, período em que o paciente deve ser monitorado frequentemente pela equipe multiprofissional para prevenir a doença do enxerto contra o hospedeiro. Nesta condição, as células do doador atacam as células do receptor. Essa compreensão abrangente é crucial para avaliar adequadamente as opções de tratamento disponíveis e oferecer abordagens mais eficazes e personalizadas para o manejo da doença. Conclusão: As terapias inovadoras no tratamento da Leucemia Mieloide Aguda (LMA) representam um avanço significativo na abordagem desta condição complexa e desafiadora.