Lua Nova: Revista de Cultura e Política (Jan 2008)

Segurança internacional e normatividade: é o liberalismo o elo perdido dos critical securities studies? International security and normativity: is liberalism the critial securities studies' lost link?

  • Rafael Duarte Villa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-64452008000100005
Journal volume & issue
no. 73
pp. 95 – 122

Abstract

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O surgimento, e afirmação, de uma corrente de estudos críticos em segurança internacional plantou firmemente a idéia de que os problemas de segurança internacional não estão meramente relacionados com aspectos objetivos que ameaçam os Estados, mas esses problemas estão relacionados estreitamente com as relações entre indivíduo e emancipação humana. Assim, a condição de segurança em sentido forte tem, como precondição, a emancipação humana. Porém, em que condições esse overlap entre segurança internacional e emancipação acontece? A tese deste artigo é problematizar essas condições, que escapam ao diálogo endógeno dos critical securities studies (CSS). E que uma pista para operacionalização pode ser procurada nos diálogos entre a teoria crítica cosmopolita e a teoria liberal cosmopolita. Essa interseção, ou continuum, aponta a tese do artigo, é possível se os CSS atentam para dimensões do liberalismo político que têm sido negligenciadas, especialmente a democracia pensada em bases transnacionais e as possibilidades da sociedade civil transnacionalizada.The appearance and consolidation of a critical studies approach on international security fortified the claim that international security problems are not merely related to objective threats to states, but are in deep connection with the relationship between the individual and human emancipation. In those terms, a solid security condition is primarily preconditioned by human emancipation. However, in what conditions do international security and emancipation overlap? The present article intends to explore the question, a topic that is not tackled by the endogenous debate of critical security studies (CSS). An interesting path to be followed seems to be the dialogue between cosmopolitan critical theory and cosmopolitan liberal theory. This article argues that an intersection, or continuum, of these two theories would be possible if CSS focused on dimensions of political liberalism that have been neglected, especially to think about a transnational-based democracy and the possibilities of a transnationalized civil society.

Keywords