Neotropical Ichthyology (Mar 2013)
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Abstract
In this study, phylogenetic and phylogeographic analyses of populations identified as Hypostomus strigaticeps from the upper Paraná River basin were conducted in order to test whether these different populations comprises cryptic species or structured populations and to assess their genetic variability. The sequences of the mitochondrial DNA ATP sintetase (subunits 6/8) of 27 specimens from 10 populations (one from Mogi-Guaçu River, five from Paranapanema River, three from Tietê River and one from Peixe River) were analyzed. The phylogeographic analysis showed the existence of eight haplotypes (A-H), and despite the ancestral haplotype includes only individuals from the Tietê River basin, the distribution of H. strigaticeps was not restricted to this basin. Haplotypes A, B and F were the most frequent. Haplotypes D, E, F, G, and H were present in the sub-basin of Paranapanema, two (A and B) were present in the sub-basin of the Tietê River, one (C) was exclusively distributed in the sub-basin of the Peixe River, and one (B) was also present in the sub-basin of the Grande River. The phylogenetic analysis showed that the populations of H. strigaticeps indeed form a monophyletic unit comprising two lineages: TG, with representatives from the Tietê, Mogi-Guaçu and Peixe Rivers; and PP, with specimens from the Paranapanema River. The observed degree of genetic divergence within the TG and PP lineages was 0.1% and 0.2%, respectively, whereas the genetic divergence between the two lineages themselves was approximately 1%. The results of the phylogenetic analysis do not support the hypothesis of existence of crypt species and the phylogeographic analysis confirm the presence of H. strigaticeps in other sub-basins of the upper Paraná River: Grande, Peixe, and Paranapanema sub-basins.Neste estudo, foram conduzidas análises filogenéticas e filogeográficas de populações identificadas como Hypostomus strigaticeps na bacia do alto rio Paraná a fim de testar se essas populações compreendem espécies crípticas ou populações estruturadas e avaliar a variabilidade genética das mesmas. Foram analisadas sequências do DNA mitocondrial ATP sintetase (subunidades 6/8) de 27 espécimes de 10 populações (uma do rio Mogi-Guaçu, cinco do rio Paranapanema, três do rio Tietê e uma do rio do Peixe). A análise filogeográfica mostrou a existência de oito haplótipos (A-H), e apesar do haplótipo ancestral incluir apenas indivíduos da bacia do rio Tietê, a distribuição de H. strigaticeps não se restringe a esta bacia. Os haplótipos A, B e F foram os mais frequentes. D, E, F, G e H estão presentes na sub-bacia do rio Paranapanema, dois (A e B) estão presentes na sub-bacia do rio Tietê, um (C) está exclusivamente distribuído na sub-bacia do rio do Peixe, e um (B) também está presente na sub-bacia do rio Grande. A análise filogenética mostrou que as populações de H. strigaticeps realmente formam uma unidade monofilética que compreende duas linhagens: TG, com representantes do rio Tietê, rio Mogi-Guaçu e rio do Peixe, e PP, com espécimes do rio Paranapanema. O grau de divergência genética observada nas linhagens de TG e PP foram de 0,1% e 0,2%, respectivamente, enquanto que a divergência genética entre as duas linhagens foi de aproximadamente 1%. Os resultados da análise filogenética não suportam a hipótese da existência de espécies crípticas e a análise filogeográfica confirma a presença de H. strigaticeps em outras sub-bacias do alto rio Paraná: sub-bacias do rio Grande, rio do Peixe e rio Paranapanema.