Cadernos de Saúde Pública (Feb 2018)

Avaliação dos serviços ambulatoriais de assistência a pessoas vivendo com HIV no Sistema Único de Saúde: estudo comparativo 2007/2010

  • Ana Paula Loch,
  • Maria Ines Battistella Nemes,
  • Maria Altenfelder Santos,
  • Ana Maroso Alves,
  • Regina Melchior,
  • Cáritas Relva Basso,
  • Joselita Maria de Magalhães Caraciolo,
  • Maria Teresa Seabra Soares de Britto e Alves,
  • Elen Rose Lodeiro Castanheira,
  • Wania Maria do Espírito Santo Carvalho,
  • Ruth Terezinha Kehrig,
  • Aline Aparecida Monroe

DOI
https://doi.org/10.1590/0102-311x00047217
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2

Abstract

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O papel dos serviços de saúde é crucial para o alcance da meta 90-90-90 de controle da epidemia do HIV. O estudo avalia a organização dos serviços brasileiros nas ações de promoção, monitoramento e suporte à retenção no seguimento e apoio ao tratamento. Foram comparadas, por meio de variação percentual (VP), as respostas dos serviços a um questionário de avaliação da qualidade organizacional (Qualiaids) em 2007 e em 2010. Analisou-se os 419 serviços que responderam ao questionário em 2007 (83,1% dos respondentes) e 2010 (63,6%). Ações gerenciais relacionadas à retenção e apoio, embora incrementadas no período, permaneceram com baixa frequência, tais como: reuniões sistemáticas para discussão de casos; (32,7% em 2010; VP = 19,8%), registro de faltas em consulta médica (35,3%; VP = 36,8%). Ações assistenciais relacionadas à adesão ao tratamento medicamentoso permanecem majoritariamente exclusivas do médico. O aporte de recursos de provisão federal - medicamentos e exames específicos para HIV - manteve-se alto para a grande maioria dos serviços (~90%). Não se alcançará decréscimo significativo da transmissão do HIV enquanto a permanência no tratamento não for prioridade de todos os serviços de assistência.

Keywords