Brazilian Neurosurgery (Sep 2014)

Devemos monitorar a pressão intracraniana de pacientes com TCE grave Marshall II?

  • Bernardo Drummond Braga,
  • João Batista Rezende-Neto,
  • Marcelo Magaldi Oliveira,
  • Geraldo Vitor Cardoso Bicalho,
  • Gustavo Zola Santiago,
  • Ariana Costa Cadurin,
  • Diego José Fernandes,
  • Oliver Vilela Gomes,
  • Rodrigo Moreira Faleiro

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1626216
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 03
pp. 213 – 218

Abstract

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Objetivos: Avaliar a relação da PIC com o crescimento de lesões e morbimortalidade em pacientes Marshall II e determinar a necessidade de sua monitorização. Método: Estudo de coorte observacional prospectivo em pacientes com TCE grave classificados como Marshall II. Resultados: Setenta pacientes foram divididos em dois grupos baseados na PIC; G1: PIC ≤ 20 mmHg (49 pacientes) e G2 PIC > 20 mmHg (21 pacientes). Os achados mais comuns foram hemorragias subaracnóideas e contusões. A mortalidade foi maior em G2 que em G1 (OR: 11,7) (IC 95%: 2,2 a 63,1). A mediana da Escala de Desfecho de Glasgow após 90 dias foi de 2 para o G2 e de 5 para o G1. O surgimento ou progressões de lesões ocorreram em 71% dos pacientes no G2 contra 10% no G1 (p < 0,05). Em comparação ao G1, o OR de um novo achado na TC foi 22 vezes maior no G2 (IC 95%: 5,02 a 106,9). Dois pacientes do G2 precisaram de cirurgia e nenhum do G1. Conclusões: Pacientes Marshall II, com hipertensão intracraniana, apresentam maior risco para crescimento de lesões na TC de controle, pior prognóstico e maior mortalidade que aqueles sem hipertensão. A monitorização desses pacientes foi definitiva para determinar o prognóstico. Pacientes Marshall II devem ser monitorados.

Keywords