Avaliação do nível de conhecimento que populações residentes em áreas endêmicas têm sobre leishmaniose visceral, Estado do Maranhão, Brasil
Abstract
Estudo prospectivo visando identificar e comparar que conhecimentos básicos relativos à leishmaniose visceral (LV) têm as populações com características distintas, residentes em áreas periurbanas (Maracanã instalação e ocorrência de casos de LV antigas; Vila Nova/Bom Viver instalação e ocorrência recentes) e rural, Município de Codó instalação antiga e ocorrência recentes. No período compreendido entre agosto de 1996 a janeiro de 1997, aplicou-se questionário com perguntas abertas e fechadas, sendo abordados aspectos referentes à epidemiologia, prevenção, clínica e terapêutica. A população de estudo foi formada pelos casos de LV registrados pela FNS/MA e seus vizinhos. Foram entrevistados os residentes de 283 casas: 53 do Maracanã; 103, em Vila Nova/Bom Viver; 127, em Codó. Foi referido ambiente favorável para o desenvolvimento e manutenção da doença. Do total dos entrevistados, 93,8%, percentual significativo, ouviram falar de LV, por meio de fontes não oficiais. No Maracanã, 50,9% referiram transmissão pelo mosquito; 87,2% reconheciam o envolvimento do cão na cadeia epidemiológica da doença. Os entrevistados estão cientes da gravidade do mal, sendo capazes de identificar casos suspeitos, humano ou canino. Medidas de controle são desconhecidas por 77,8%. Sete pessoas sabiam que o Glucantime® é usado no tratamento da LV. Concluiu-se que o nível de conhecimento sobre LV foi baixo, principalmente em relação à prevenção e à terapêutica, situação semelhantes nas três áreas.