Revista CEFAC (Aug 2012)

Estudo da qualidade de vida em indivíduos com paralisia facial periférica crônica adquirida Study on quality of life in subjects with acquired chronic peripheral facial palsy

  • Rayné Moreira Melo Santos,
  • Zelita Caldeira Ferreira Guedes

Journal volume & issue
Vol. 14, no. 4
pp. 626 – 634

Abstract

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OBJETIVO: analisar a qualidade de vida em indivíduos com paralisia facial periférica crônica adquirida. MÉTODO: foram selecionados, por meio de triagem, 12 indivíduos com paralisia facial periférica adquirida na fase de sequela, com etiologias de paralisia facial de Bell e Schwannoma após exérese. Foi verificado o grau da paralisia facial periférica adquirida de acordo com House & Brackmann9, além de ter sido realizada entrevista com perguntas fechadas, para verificar se havia interferência da paralisia facial na convivência social de cada indivíduo. O tipo de estudo foi transversal e, os testes utilizados foram o não-paramétrico de Mann-Whitney e o teste exato de Fisher, com o nível de significância de 5%. RESULTADOS: os graus da paralisia facial foram divididos da seguinte forma: I-II (Normal a Disfunção leve), III-IV (Disfunção moderada a moderadamente severa) e V-VI (Disfunção severa a paralisia total). Nas respostas quanto ao prejuízo nas atividades profissionais e pessoais, indivíduos com face normal a disfunção leve por paralisia facial de Bell responderam não ter prejuízo para suas atividades; na disfunção moderada a moderadamente severa todos responderam muito prejuízo e na disfunção severa a paralisia total, um indivíduo respondeu muito prejuízo. Na paralisia facial por Schwannoma no grupo classificado como disfunção leve, todos responderam nenhum prejuízo e na disfunção severa à paralisia total, um indivíduo respondeu muito prejuízo para tais atividades. CONCLUSÃO: a paralisia facial periférica crônica adquirida interferiu na qualidade de vida dos indivíduos com graus considerados mais graves.PURPOSE: to analyze quality of life in subjects with acquired chronic peripheral facial palsy. METHOD: 12 subjects with acquired facial palsy were selected through screening during the sequel, with etiologies of Bell and acoustic schwannoma after resection. The degree of acquired facial palsy was verified, as well as a closed questions interview about complaints with the facial movement was carried out, in order to check if there was interference from facial palsy in the social life of each subject. This was a cross-sectional study. Non-parametric Mann-Whitney and Fisher’s exact test, with significance level of 5%, were used in order to analyze the data. RESULTS: the degree of facial palsy were divided as it follows: I-II (Normal to mild dysfunction), III-IV (moderate to moderately severe dysfunction) and V-VI (complete palsy severe dysfunction), according to House & Brackmann. In the answers about difficulties in professional and personal activities, Bell’s palsy individuals with normal to mild dysfunction have no complaints, in moderate to moderately severe dysfunction all answered very severe complaints and in an individual with complete palsy reported a lot of complaints. In the acoustic Schwannoma individuals, in the group classified as mild dysfunction, all answered no damage complaints, while among those with severe to complete palsy, one individual reported a lot of complaints in professional and personal activities. CONCLUSION: the acquired chronic peripheral facial palsy interfered with quality of life in subjects with more severe degrees of palsy.

Keywords