Revista de Saúde Pública (Apr 1999)

Desigualdades na mortalidade, espaço e estratos sociais Inequalities in mortality, space and social strata in Brazil

  • Ligia M. Vieira da Silva,
  • Jairnilson S. Paim,
  • Maria da C. N. Costa

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89101999000200011
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 2
pp. 187 – 197

Abstract

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OBJETIVO: Descrever os diferenciais da mortalidade do Município de Salvador, Bahia, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado estudo de agregados a partir da divisão do município em 75 zonas de informação e de sua população em seis estratos sociais para os quais foram estimados alguns indicadores de mortalidade. As fontes de dados foram as Declarações de Óbito de residentes no município e o Censo Demográfico de 1991. RESULTADOS: A diferença entre os coeficientes de mortalidade do estrato com melhores condições de vida e aqueles com piores condições de vida variou entre 43,1% e 142,0% o que corresponde a Razões de Desigualdades de 1,4 e 2,4. Essas diferenças atingiram percentuais de 656,3% quando a unidade de análise foi a zona de informação. CONCLUSÕES: Esses achados revelam a persistência das desigualdades em saúde no Brasil, destacando a importância desse tipo de análise diante das tendências recentes de planificação com base territorial bem como diante da pertinência de intervenções inter-setoriais voltadas para a modificação dos fatores condicionantes da saúde.OBJECTIVE: A description of the mortality differentials in Salvador, Bahia, Brazil, is presented. METHODS: An ecological study was carried out. The city was divided into 75 information areas and its population into six social strata. Standardized Mortality Rates, Age Specific Mortality Rates, Proportional Infant Mortality and the Proportional Mortality Ratio were calculated for each region and social strata. Data were obtained from Death Certificates and the Populational Census. RESULTS: The mortality ratio difference between the strata with best living conditions and the poorer strata ranged from 43.1% to 142.0% which corresponds to an inequality ratio ranging from 1.4 to 2.4. When that analysis was carried out in smaller areas, these differences reached 656.3% . CONCLUSIONS: These findings show the persistence of health inequalities in Salvador in more serious disproportion than that found in other studies. Despite the methodological problems related to the nature of the data and the study, project the authors it was highlight, the meaning of this kind of research concerned with new approaches to health planning and health promotion.

Keywords