Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas (Oct 2022)

Keynes, Schumpeter e Minsky em Pequim: uma interpretação teórica da dinâmica da centralização financeira chinesa pós-reforma de 1978

  • Ivo Costa Novais,
  • Victor Emmanuel Feitosa Hortencio,
  • Uallace Moreira

DOI
https://doi.org/10.22481/ccsa.v19i34.11141
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 34

Abstract

Read online

No início deste século, a China já contava com um dos maiores e mais volumosos recursos de financiamento estatal do mundo. A expansão desse modelo, liderado e centralizado pelo Estado, foi o episódio que conduziu a economia daquele país à crescente importância na arena global. Tal processo se baseou em um movimento de longo prazo e teve implicações de largo alcance e no seu desenvolvimento econômico, sobretudo na arquitetura financeira internacional. Diante desse contexto, este artigo busca um posicionamento plural perante o debate teórico sobre a dinâmica de centralidade financeira do Estado chinês. Para alcançar esse objetivo, discute as diferentes contribuições de autores considerados clássicos no entendimento da relação entre Estado e instituições financeiras, apresentadas em uma retrospectiva cronológica, baseada nas principais abordagens e conceitos referentes à formação e ao crescimento dos bancos, bem como sua relação com o financiamento do desenvolvimento econômico. Foram revisitadas as diretrizes teóricas traçadas nas análises de Schumpeter (1997), Hilferding (1985), Stiglitz (1993), Zysman (1983), Keynes (2012) e Minsky (2008), na tentativa de ilustrar a relação estreita (e estratégica) entre financiamento estatal e o desenvolvimento econômico chinês.

Keywords