Revista Paulista de Pediatria (Jul 2018)

COMPARAÇÃO DE DUAS TÉCNICAS INALATÓRIAS PARA ADMINISTRAR BRONCODILATADOR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM CRISE AGUDA DE ASMA: METANÁLISE

  • Cristian Roncada,
  • Julia Andrade,
  • Luísa Carolina Bischoff,
  • Paulo Márcio Pitrez

DOI
https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;3;00002
Journal volume & issue
no. 0

Abstract

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RESUMO Objetivo: Comparar a eficácia no tratamento da asma pediátrica por nebulizador e inalador dosimetrado com uso de espaçador (MDI-espaçador), no emprego das técnicas de resgate de pacientes asmáticos atendidos em emergências pediátricas. Fontes de dados: Realizou-se uma revisão sistemática para identificar os principais estudos randomizados controlados que comparam a administração de broncodilatador (β-2 agonista) por meio das técnicas inalatórias nebulização e MDI-espaçador no tratamento da asma em unidades de emergência pediátrica. Foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e ScienceDirect. Dois pesquisadores, de forma independente, aplicaram os critérios de elegibilidade, sendo incluídos na pesquisa apenas estudos randomizados controlados com o objetivo de comparar as técnicas inalatórias nebulização e MDI-espaçador no tratamento da asma em unidades de emergência pediátrica. Síntese dos dados: Foram pré-selecionados 212 artigos, dos quais apenas nove seguiram os critérios de elegibilidade e foram incluídos na metanálise. Os resultados apontam não existir diferenças nas técnicas inalatórias em nenhum dos quatro desfechos analisados: frequência cardíaca (diferença -Df: 1,99 [intervalo de confiança de 95% - IC95% -2,01-6,00]); frequência respiratória (Df: 0,11 [IC95% -1,35-1,56]); saturação de O2 (Df: -0,01 [IC95% -0,50-0,48]); e escore clínico de asma (Df: 0,06 [IC95% -0,26-0,38]). Conclusões: Os achados demonstram não haver diferenças na frequência cardiorrespiratória, na saturação de O2 nem nos escores de asma, na administração de β-2 agonista entre as técnicas inalatórias (nebulizador e MDI-espaçador) em pacientes asmáticos atendidos em emergências pediátricas.

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