Revista Polis e Psique (Sep 2019)
“Uma hora não é uma hora na cidade dos catadores”
Abstract
O presente artigo é parte de pesquisa de mestrado realizada no período de 2009 e 2010 que teve o propósito de problematizar a emergência de modos singulares de viver as/nas cidades. Entendemos as cidades contemporâneas como dispositivos que engendram processos de subjetivação e, nesse sentido, interrogamos os liames do tempo que envolvem os catadores de recicláveis e a cidade de Vitória (ES). As reflexões baseiam-se em andanças pela cidade de Vitória em companhia de sete catadores de recicláveis, personagens infames da cidade. Eles compartilharam conosco pequenos fragmentos de vida, narrativas que foram devidamente registradas em Diário de Campo. Concluímos que, apesar da aceleração capitalística desenhar mapas nas cidades contemporâneas, criando formas hegemônicas de vida e necessidades, a cidade, assim como o tempo, é passível de múltiplas experimentações.
Keywords