Revista Uningá (Jun 2014)
Adesão medicamentosa ao tratamento da hipertensão de pacientes do hiperdia em Ipatinga e Timóteo, Minas Gerais
Abstract
Objetivo: analisar o perfil de hipertensos e verificar a adesão ao tratamento medicamentoso. Métodos: pesquisa transversal, descritiva e exploratória em que foram entrevistados 713 hipertensos. Resultados: os dados demonstraram que hipertensos cadastrados no HIPERDIA de Ipatinga e Timóteo apresentavam idade média de 61,86 anos, 68,3% do gênero feminino; 64,5% casados; 6,7% separados, 19,5% viúvos, 77% com hipertensão e 23% hipertensão e diabetes; 48,9% estudaram até quatro anos, 28,1 % de cinco a oito anos, 15,6% mais de oito anos e 7,4% eram analfabetos; 88,6% tinham renda familiar de um a cinco salários mínimos, 8,3% mais de cinco e 3,1% menos de um salário mínimo; 89% eram não fumantes e 80,6% não consumiam bebida alcoólica; 69,5% possuíam história familiar de doença cardiovascular e 18,7% tinham algum problema renal, hepático, pulmonar ou hematológico. A adesão ao tratamento segundo o teste de Morisky-Green foi de 49,2%. Quanto ao nível de conhecimento, 72,4% entendem que HAS é uma doença crônica, 94,4% têm a percepção de que a hipertensão pode ser controlada com dieta e/ou medicamentos, 62,7% não souberam relatar os principais órgãos afetados pela HAS. Conclusão: os pacientes não apresentam uma boa adesão medicamentosa, embora tenham consciência que a HAS é uma doença crônica.