Ciência Florestal (Apr 2004)
CALOGÊNESE E RIZOGÊNESE EM EXPLANTES DE MOGNO (Swietenia macrophylla King) CULTIVADOS IN VITRO
Abstract
A exploração de árvores tropicais realizada de forma indiscriminada, buscando espécies de alto valor econômico, tem levado várias espécies, como o mogno (Swietenia macrophylla King), ao perigo de extinção. O desenvolvimento de uma metodologia de regeneração de gemas, direta ou indireta, poderia auxiliar na obtenção de um grande número de mudas e constituir uma perspectiva à propagação sexuada. Essa última é limitada pelo fato das sementes perderem rapidamente a capacidade germinativa. No presente trabalho, foram utilizados dois tipos de explantes: fragmentos foliares e de raízes de plantas cultivadas in vitro. Após desinfestação, os explantes foram colocados em meio de cultura de Murashige e Skoog (1962) contendo três quartos da concentração de sais, vitaminas do mesmo meio, 30g.L-1 de sacarose, auxina (ácido naftaleno-acético, ANA, 0,11 M e 0,54 M), citocinina (cinetina, CIN, 1,2 M, 2,3 M, 4,7 M e 9,3 M; 6-benziladenina, BA, 2,2 M, 4,4 M e 8,8 M ou 2-isopenteniladenina, 2-iP, 2,5 M) e 7g.L-1 de ágar. As variáveis testadas foram a concentração e o tipo de regulador de crescimento e a origem dos explantes. A cada 30 dias, os explantes foram avaliados pela contagem do número de explantes formando calos ou raízes e a consistência dos calos. Foram obtidos calos a com base nos dois tipos de explantes. Nos explantes foliares, 90% deles formaram calos em meios de cultura contendo BA 4,4 M com ANA 0,54 M e BA 8,9 M com ANA 0,11 ou 0,54 M. Nos explantes de raízes, a maior percentagem de explantes com calos foi de 55%, no meio de cultura com BA 2,2 M e ANA 0,54 M. Raízes adventícias foram obtidas partindo de calos e do limbo dos explantes foliares, em meios de cultura com CIN e ANA. Não foi observada a formação de gemas adventícias.