Semina: Ciências Agrárias (Oct 2019)

Pimenta (Capsicum ssp.) como aditivo alimentar em rações de ovinos utilizando dois tipos de inóculo: Digestibilidade in vitro e parâmetros de fermentação

  • Luiz Juliano Valério Geron,
  • Alexande Lima de Souza,
  • Suellem Fernanda Perosa Zanin,
  • Sílvia Cristina de Aguiar,
  • Ilda de Souza Santos,
  • Rayane Fernandes da Silva,
  • Jocilaine Garcia,
  • Anderson de Moura Zanine,
  • Leomar Custódio Diniz,
  • Daniele de Jesus Ferreira

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl3p3653
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 6Supl3

Abstract

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Avaliou-se a influência de pimenta (Capsicum ssp.) como aditivo alimentar em rações balanceadas para ovinos sobre os coeficientes de digestibilidade in vitro dos nutrientes e parâmetros de fermentação em dois inóculos diferentes: líquido ruminal e fezes de ovinos. Foram testados quatro teores de inclusão de pimenta (0,0%; 0,2%; 0,4% e 0,6% da MS) e dois tipos de inóculos (líquido ruminal e fezes de ovinos) dispostos em arranjo fatorial 4 x 2 em um delineamento inteiramente casualizado. As rações experimentais foram balanceadas para apresentarem 0,0%; 0,2%; 0,4% e 0,6% de Capsicum ssp., com teor de 13,5% de proteína bruta e 70,0% de nutrientes digestíveis totais (NDT). A ração fornecida aos animais doadores de inóculo foi de ração basal contendo 0,0% de Capsicum ssp, a qual foi utilizada 60% de volumoso (silagem de milho) e 40% de concentrado. Para a determinação dos coeficientes de digestibilidades in vitro (CDIV) dos nutrientes foram utilizados dois ovinos com peso corporal médio de 27,6 + 1,6 kg, como doadores de inóculos. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância e para os teores de inclusão de pimenta procedeu-se análise de regressão a 5% de probabilidade e para os diferentes inóculos foi realizado teste de Tukey a 5% de significância. A inclusão de 0,0%; 0,2%; 0,4% e 0,6% de pimenta (Capsicum ssp.) nas rações balanceadas dos ovinos não alteraram os CDIV da MS; MO; PB e FDN para ambos os inóculos (líquido ruminal e fezes de ovinos). Contudo, a utilização dos diferentes inóculos propiciou alteração no valor do CDIV da MS, MO, PB e FDN, no qual foi observado que o inóculo líquido ruminal apresentou maiores valores de CDIV em relação ao inóculo obtido das fezes de ovinos. Os teores de pimenta nas rações para ruminantes não alteraram o valor de pH do conteúdo fermentado após a incubação in vitro de 24 horas. Porém, a utilização do líquido ruminal como inóculo da fermentação in vitro das rações experimentais propiciou um menor valor para o pH do conteúdo fermentado em relação as fezes de ovinos. A inclusão de pimenta (Capsicum ssp.) nas rações de ovinos e a utilização de inóculo a base de líquido ruminal ou fezes de ovinos não propiciaram alterações na concentração do nitrogênio amoniacal (N-NH3) do conteúdo fermentado das rações após incubação in vitro de 24 horas. Desta maneira, a inclusão de até 0,6% de pimenta em rações balanceadas para ruminantes não altera o coeficiente de digestibilidade in vitro da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta e fibra em detergente neutro e os parâmetros da fermentação in vitro. Contudo, a utilização do líquido ruminal como inóculo da fermentação in vitro apresenta valores com maior grau de confiança em relação as fezes para determinação do coeficiente de digestibilidade in vitro dos nutrientes.

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