Revista da Fundarte (Mar 2019)
CORPO ESTRANHO: O DESAMPARADO QUE ENCONTRA SUA POLÍTICA DE SER
Abstract
Este trabalho emerge como pesquisa em Arte a partir da condição na qual sempre fui colocado, de corpo estranho, por ser imperfeito ao modelo de corpo colonizado imposto no mundo. Continuamente, por isso, vivo sendo posto na categoria de “Ser menos”, como outros tantos corpos estranhos também vivem: ocupando o lugar do fundo na cena para deixar a coreografia em dança uniforme ou as apresentações teatrais ou musicais mais belas na escola. Deste modo, construo esta pesquisa ancorado em uma episteme cultural, que é também uma luta escrita/inscrita no meu próprio corpo, para dar visibilidade ao corpo estranho como produtor de arte, cultura e conhecimentos, quando esse encontra sua casa, o “seu corpo” (BERTHERAT, 2010), na escola.