Acta Ortopédica Brasileira (Jan 2006)

Uso da placa onda no tratamento das fraturas diafisárias do fêmur não consolidadas The wave plate method in non union femoral shaft fractures treatment

  • Silvia Regina Nogueira Jorge,
  • Luiz Fernando Cocco,
  • Claudio Kawano,
  • Helio Jorge Alvachian Fernandes,
  • Fernando Baldy dos Reis

DOI
https://doi.org/10.1590/S1413-78522006000100003
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 1
pp. 17 – 21

Abstract

Read online

Estudou-se retrospectivamente 25 pacientes com fratura diafisária do fêmur não consolidadas e que foram tratados com placa onda. A consolidação ocorreu em 96% dos pacientes num tempo médio de 5,32 meses, variando entre três e sete meses. Vinte e um pacientes (84%) foram considerados como resultados excelentes e bons nos critérios de avaliação final. O método de tratamento não ocasionou diferença no comprimento dos membros. Não ocorreram desvios rotacionais. O arco de movimento dos quadris e joelhos não foi acometido, embora em quatro pacientes (16%) tenha-se encontrado limitação na flexão do joelho, esta era prévia ao tratamento com placa onda. Dois pacientes (8%) tiveram infecção profunda durante o tratamento com a placa onda, recidiva de processo infeccioso prévio. Houve soltura da placa no nono mês de pós-operatório em um paciente (4%), embora tenha havido a consolidação óssea. Em outro paciente (4%) a placa onda quebrou um ano e dois meses após a cirurgia, tendo-se trocado a primeira por outra placa onda e posterior consolidação. Mesmo assim, considerou-se falha do método. A placa onda é uma opção de tratamento das fraturas do fêmur não consolidadas pelas suas propriedades biomecânicas favoráveis à consolidação óssea, conferindo estabilidade sem prejudicar o suprimento sangüíneo, com características de síntese biológica.Twenty-five patients with non union femoral diaphyseal fractures treated with the wave plate method were retrospectively studied. Union was achieved in 24 patients (96%) in an average time of 5.32 months, ranging from three to seven months. We observed excellent and good results in 21 patients (84%) in the endpoint evaluation. This treatment approach didn't cause leg-length discrepancy. No rotational deviations were seen. The range of motion of hips and knees was not affected, although in four patients (16%) knee flexion restraint was found, but previously to the wave plate treatment. Two patients (8%) presented a deep infection during the treatment with the wave plate, recurrent to previous infectious process. Loosing plate occurred in the ninth post-operative in one patient (4%), although bone union has occurred. In another patient (4%) the wave plate has broken within 14 months postoperatively, leading to the replacement of the first wave plate to a new one with subsequent union. Nevertheless, method failure was considered. The wave plate is a treatment option for non-united femoral fractures due to its biomechanical properties favoring bone union, providing stability without jeopardizing blood intake, with biological synthesis characteristics.

Keywords