Acta Ortopédica Brasileira (Jan 2006)
Uso da placa onda no tratamento das fraturas diafisárias do fêmur não consolidadas The wave plate method in non union femoral shaft fractures treatment
Abstract
Estudou-se retrospectivamente 25 pacientes com fratura diafisária do fêmur não consolidadas e que foram tratados com placa onda. A consolidação ocorreu em 96% dos pacientes num tempo médio de 5,32 meses, variando entre três e sete meses. Vinte e um pacientes (84%) foram considerados como resultados excelentes e bons nos critérios de avaliação final. O método de tratamento não ocasionou diferença no comprimento dos membros. Não ocorreram desvios rotacionais. O arco de movimento dos quadris e joelhos não foi acometido, embora em quatro pacientes (16%) tenha-se encontrado limitação na flexão do joelho, esta era prévia ao tratamento com placa onda. Dois pacientes (8%) tiveram infecção profunda durante o tratamento com a placa onda, recidiva de processo infeccioso prévio. Houve soltura da placa no nono mês de pós-operatório em um paciente (4%), embora tenha havido a consolidação óssea. Em outro paciente (4%) a placa onda quebrou um ano e dois meses após a cirurgia, tendo-se trocado a primeira por outra placa onda e posterior consolidação. Mesmo assim, considerou-se falha do método. A placa onda é uma opção de tratamento das fraturas do fêmur não consolidadas pelas suas propriedades biomecânicas favoráveis à consolidação óssea, conferindo estabilidade sem prejudicar o suprimento sangüíneo, com características de síntese biológica.Twenty-five patients with non union femoral diaphyseal fractures treated with the wave plate method were retrospectively studied. Union was achieved in 24 patients (96%) in an average time of 5.32 months, ranging from three to seven months. We observed excellent and good results in 21 patients (84%) in the endpoint evaluation. This treatment approach didn't cause leg-length discrepancy. No rotational deviations were seen. The range of motion of hips and knees was not affected, although in four patients (16%) knee flexion restraint was found, but previously to the wave plate treatment. Two patients (8%) presented a deep infection during the treatment with the wave plate, recurrent to previous infectious process. Loosing plate occurred in the ninth post-operative in one patient (4%), although bone union has occurred. In another patient (4%) the wave plate has broken within 14 months postoperatively, leading to the replacement of the first wave plate to a new one with subsequent union. Nevertheless, method failure was considered. The wave plate is a treatment option for non-united femoral fractures due to its biomechanical properties favoring bone union, providing stability without jeopardizing blood intake, with biological synthesis characteristics.
Keywords