Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

EP-142 - DETECÇÃO DA CARGA VIRAL E GENÓTIPOS DO EPSTEIN-BARR VÍRUS NA SALIVA DE INDIVÍDUOS COM CÂNCER DE DE CABEÇA E PESCOÇO EM TRATAMENTO RADIOTERÁPICO

  • Giovanna Francisco Correa,
  • Julia Oliveira Goicoechea,
  • Jonathan Miranda,
  • Natan P. Galvani de Oliveira,
  • Michelle Palmieri,
  • Tania Regina Tozetto-Mendoza,
  • Debora Pallos,
  • Rodrigo Merlim Zerbinati,
  • Paulo Henrique Braz-Silva

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 104065

Abstract

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Introdução: Os Carcinomas Espinocelulares de Cabeça e Pescoço (CECP) são as neoplasias malignas mais comuns que afetam a cabeça e pescoço e se desenvolvem a partir do epitélio da mucosa em diferentes cavidades. Alguns estudos mostram que em indivíduos submetidos a tratamento radioterápico (RT), a quantificação do vírus Epstein-Barr (EBV) em fluidos, um oncovírus conhecido por estar presente na maioria da população como assintomático, pode fornecer informações que podem auxiliar no rastreamento, diagnóstico e acompanhamento dos indivíduos durante o tratamento. Objetivo: Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar o EBV quanto à carga viral e genótipos em indivíduos com CECP durante tratamento com radioterapia. Método: Foram utilizadas amostras de saliva de 20 indivíduos com CECP durante 7 semanas de radioterapia (HC-FMUSP-CAAE-37922114.9.0000.0065). A carga viral do EBV foi realizada por qPCR, enquanto a caracterização dos genótipos (EBV-1 e EBV-2) foi por PCR e eletroforese em gel de agarose. Além disso, foi realizada avaliação do grau de mucosite ao longo das semanas. Resultados: Em relação ao qPCR foi possível identificar um aumento linear da carga viral do EBV, principalmente a partir da quinta semana, onde houve um aumento exponencial da carga viral semanalmente até a última semana. Nenhuma relação entre os genótipos do EBV e a radioterapia foi identificada, apesar da prevalência do EBV-1. A avaliação da mucosite demonstrou aumento inicial com posterior estabilização. Conclusão: Portanto, é possível concluir que a carga viral do EBV é influenciada pelo tratamento radioterápico em indivíduos com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço e pode auxiliar na verificação do prognóstico dos indivíduos.