Revista Portuguesa de Pneumologia (Jul 2005)

A prova de exercício cárdio-pulmonar e o prognóstico cirúrgico do cancro do pulmão

  • T. Win,
  • A. Jackson,
  • J. Sharples,
  • A.M. Groves,
  • F.C. Wells,
  • A.J. Ritchie,
  • C.M. Laroche

Journal volume & issue
Vol. 11, no. 4
pp. 416 – 418

Abstract

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Resumo: Os autores procuram dar mais um contributo para a avaliação pré-operatória dos doentes com carcinoma de não pequenas células que vão ser sujeitos a cirurgia de ressecção pulmonar.Trata-se de um estudo prospectivo onde foi avaliado o resultado da cirurgia em termos de complicações ocorridas nos 30 dias a seguir à operação. Os autores definiram cada uma das complicações (óbito, enfarte do miocárdio, insuficiências respiratória, cardíaca e renal, embolia pulmonar, pneumonia e septicemia) e ainda analisaram 3 dessas complicações em separado (óbito, enfarte do miocárdio e insuficiência respiratória), as quais designaram por “fraco resultado”.Antes da cirurgia, foram avaliados 99 doentes (34 pneumectomias, 56 lobectomias, 6 bilobectomias e 3 ressecções atípicas) com espirometria (FEV1 em litros) e consumo de oxigénio no exercício máximo (VO2peak). Só 26 doentes tinham valores funcionais considerados borderline (FEV1 75% só 3 em 20 doentes é que tiveram um “fraco resultado”.Apesar de reconhecerem a necessidade de mais e maiores estudos, os autores concluem que VO2peak é importante para prever complicações como óbito, enfarte do miocárdio ou insuficiência respiratória, principalmente se é referido em percentagem do valor teórico. O limite “seguro” situar-se-ia entre 50 e 60% do valor previsto.