Rebeca: Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Aug 2020)

TESSITURAS LABIRÍNTINCAS: A MISE EN ABYME E A METALEPSE COMO RAMIFICAÇÕES DA NARRATIVA, EM “BANDERSNATCH’, EPISÓDIO DA SÉRIE BLACK MIRROR

  • Alexandre Rodrigues da Costa

DOI
https://doi.org/10.22475/rebeca.v9n1.537
Journal volume & issue
Vol. 9, no. 1

Abstract

Read online

Neste artigo, analisamos o episódio “Bandersnatch”, da série de TV Black Mirror, criada por Charlie Brooker e produzida pelo canal de streaming Netflix, a partir dos conceitos de mise en abyme e metalepse, como possibilidade de criação de narrativas ramificadas e labirínticas. Dessa maneira, investigamos de que forma a permutação permite a “Bandersnatch” interagir com o telespectador e, baseando-nos na fragmentação que decorre desse processo, relacionamos a mise en abyme e a metalepse ao conceito de imagem-tempo, de Gilles Deleuze, e aos conceitos de Cronos e Aion, que ele explora a partir dos textos estoicos. Além disso, estabelecemos comparações entre “Bandersnatch” e os filmes A origem, de Christopher Nolan, Os olhos da cidade são meus, de Bigas Luna, e Eu te amo, eu te amo, de Alain Resnais, com o objetivo de perceber como a mise en abyme e a metalepse dilaceram a progressão e a linearidade, ao fazerem com que a repetição e a circularidade colapsem a narrativa e a ofereçam como um jogo de realidades instáveis.

Keywords