Brazilian Journal of Psychiatry (Sep 2010)

Diretrizes brasileiras para o tratamento da narcolepsia Brazilian guidelines for the treatment of narcolepsy

  • Flávio Alóe,
  • Rosana Cardoso Alves,
  • John F. Araújo,
  • Alexandre Azevedo,
  • Andrea Bacelar,
  • Márcio Bezerra,
  • Lia Rita Azeredo Bittencourt,
  • Guilherme Bustamante,
  • Tania Aparecida Marchiori de Oliveira Cardoso,
  • Alan L. Eckeli,
  • Regina Maria França Fernandes,
  • Leonardo Goulart,
  • Márcia Pradella-Hallinan,
  • Rosa Hasan,
  • Heidi Haueisen Sander,
  • Luciano Ribeiro Pinto Jr.,
  • Maria Cecília Lopes,
  • Gisele Richter Minhoto,
  • Walter Moraes,
  • Gustavo Antônio Moreira,
  • Daniela Pachito,
  • Mário Pedrazolli,
  • Dalva Poyares,
  • Lucila Prado,
  • Geraldo Rizzo,
  • R. Nonato Rodrigues,
  • Israel Roitman,
  • Silva Ademir Baptista,
  • Stella Márcia Azevedo Tavares

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000300016
Journal volume & issue
Vol. 32, no. 3
pp. 305 – 314

Abstract

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Este artigo relata as conclusões da reunião de consenso da Associação Brasileira de Sono com médicos especialistas brasileiros sobre o tratamento da narcolepsia, baseado na revisão dos artigos sobre narcolepsia publicados entre 1980 e 2010. Os objetivos do consenso são valorizar o uso de agentes avaliados em estudos randomizados placebo-controlados, emitir recomendações de consenso para o uso de outras medicações e informar pontos importantes a respeito da segurança e efeitos adversos das medicações. O tratamento da narcolepsia é baseado em diversas classes de agentes, estimulantes para sonolência excessiva, agentes antidepressivos para cataplexia e hipnóticos para sono noturno fragmentado. Medidas comportamentais são igualmente importantes e recomendadas universalmente. Todos os ensaios clínicos terapêuticos foram classificados de acordo com o nível de qualidade da evidência. Recomendações terapêuticas individualizadas para cada tipo de sintoma e recomendações gerais foram formuladas pelos autores. Modafinila é indicada como a primeira escolha para o tratamento da sonolência diurna. Agentes de segunda escolha para o tratamento da sonolência excessiva são metilfenidato de liberação lenta seguido pelo mazindol. Reboxetina, clomipramina, venlafaxina, desvenlafaxina e os inibidores seletivos de recaptação de serotonina em doses altas são a primeira escolha para o tratamento da cataplexia. Hipnóticos são utilizados para o tratamento do sono noturno fragmentado. Antidepressivos e hipnóticos são igualmente utilizados para o tratamento das alucinações hipnagógicas e paralisia do sono.This manuscript contains the conclusion of the consensus meeting of the Brazilian Sleep Association with Brazilian sleep specialists on the treatment of narcolepsy based on the review of medical literature from 1980 to 2010. The manuscript objectives were to reinforce the use of agents evaluated in randomized placebo-controlled trials and to issue consensus opinions on the use of other available medications as well as to inform about safety and adverse effects of these medications. Management of narcolepsy relies on several classes of drugs, namely, stimulants for excessive sleepiness, antidepressants for cataplexy and hypnotics for disturbed nocturnal sleep. Behavioral measures are likewise valuable and universally recommended. All therapeutic trials were analyzed according to their class of evidence. Recommendations concerning the treatment of each single symptom of narcolepsy as well as general recommendations were made. Modafinil is the first-line pharmacological treatment of excessive sleepiness. Second-line choices for the treatment of excessive sleepiness are slow-release metylphenidate followed by mazindol. The first-line treatments of cataplexy are the antidepressants, reboxetine, clomipramine, venlafaxine, desvenlafaxine or high doses of selective serotonin reuptake inibitors antidepressants. As for disturbed nocturnal sleep the best option is still hypnotics. Antidepressants and hypnotics are used to treat hypnagogic hallucinations and sleep paralysis.

Keywords