Grupos de convívio no Rio de Janeiro (século XIX)
Abstract
A análise da documentação de 153 livros de viajantes estrangeiros, que passaram pelo Rio de Janeiro de 1803 a 1900, favoreceu o estudo da mulher em sua vida cotidiana. Esse estudo permitiu elaborar o conceito de Grupos de Convívio para denominar o agrupamento, numa mesma casa, de pessoas de gerações e camadas diferentes, com ou sem ligações de parentesco. A escolha do parceiro sexual, o problema da amamentação e o da prostituição são alguns aspectos dos grupos de convívio que revelam as marcas sinistras do escravismo no cotidiano familiar, bem como as relações ambíguas e contraditórias, de dependência e repugnância que as condições de vida enraizaram.