Aquichan (Jul 2024)

Cuidados paliativos de enfermagem ao paciente idoso cirúrgico: revisão de escopo

  • Felipe Clementino Gomes,
  • Mariana Albernaz Pinheiro de Carvalho,
  • Mariane Lorena Souza Silva,
  • Rosângela Alves Almeida Bastos

DOI
https://doi.org/10.5294/aqui.2024.24.2.9
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2

Abstract

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Introdução: a discussão sobre cuidados paliativos em ambientes de alta tecnologia e prática intervencionista representa um dos muitos aspectos a serem considerados no desafio de proporcionar um continuum de viver e morrer bem para a pessoa idosa. Objetivo: mapear e identificar na literatura as produções existentes sobre as ações de enfermagem voltadas ao cuidado paliativo ao paciente idoso no contexto de hospitalização cirúrgica. Materiais e método: revisão de escopo, realizada em oito bases de dados, seguindo as diretrizes do Joanna Briggs Institute e do Preferred Reporting Items for Systematic Review-Scoping Review. Foram utilizados os seguintes descritores: cuidados de enfermagem; cuidados paliativos; idosos; cirurgia. Como critério de inclusão, foram selecionadas pesquisas primárias, revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos. A busca foi realizada em três etapas: arrolamento das bases/aplicação de teste-piloto; busca ampla/aplicação da estratégia “PCC” (population, concept, context); leitura completa dos materiais. Foram retornadas 509 produções, gerenciadas no software Rayyan®, das quais 13 estudos foram selecionados. O protocolo foi registrado no Open Science Framework. Resultados: a população total única foi de 10 417 pessoas, entre 60 e 109 anos. As intervenções mais frequentes dizem respeito à dimensão física, de controle sintomático; à dimensão cultural, na qual se destacam os dilemas presentes em ambiente com alta expectativa de cura e rígidos protocolos intervencionistas, bem como à dimensão da comunicação, ferramenta básica do cuidado paliativo. Conclusões: pessoas idosas com doenças graves podem se beneficiar do cuidado paliativo no ambiente perioperatório. No entanto, há necessidade de aperfeiçoamento de enfermeiros no controle da dor, no empoderamento para a participação em decisões éticas e na capacitação para uma melhor comunicação. Ressalta-se que as evidências sobre intervenções para melhorar os cuidados paliativos ainda são limitadas por falhas metodológicas, portanto são necessárias avaliações rigorosas que meçam resultados significativos para os pacientes e para a assistência.

Keywords