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Escravidão, reprodução endógena e crioulização: o caso do Espírito Santo no Oitocentos

  • Adriana Pereira Campos

DOI
https://doi.org/10.1590/2237-101X012023005
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 23
pp. 84 – 96

Abstract

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O presente artigo avalia a importância da família escrava na sociedade brasileira do Oitocentos, especialmente da reprodução endógena propiciada por tal tipo de enlace, tomando como referência a Província do Espírito Santo no período. Consideraram-se dois recortes temporais, 1790-1821 e 1850- 1872, para a análise das fontes e comparação dos dados relativos às famílias escravas. Buscou-se realizar a identificação da composição sexual e etária das escravarias capixabas, enfocando a região abrangida pela Comarca de Victoria no primeiro quartel do século e incluindo, no segundo quartel, a Comarca de Itapemirim, devido à importância adquirida pela cafeicultura na região sul da Província à época. Como base nesses levantamentos, discutiu-se a crioulização dos cativos em terras capixabas e o crescimento vegetativo como elemento de sobrevivência demográfica da escravidão no Espírito Santo.

Keywords