Ambiente & Sociedade (Sep 2014)

Povos e comunidades tradicionais: das áreas protegidas à visibilidade política de grupos sociais portadores de identidade étnica e coletiva¹

  • Marcelo Gustavo Aguilar Calegare,
  • Maria Inês Gasparetto Higuchi,
  • Ana Carla dos Santos Bruno

DOI
https://doi.org/10.1590/S1414-753X2014000300008
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 3
pp. 115 – 134

Abstract

Read online Read online Read online Read online

O objetivo deste artigo é fazer uma revisão esquemática dos três vetores que influenciaram na consolidação da nomenclatura "povos e comunidades tradicionais" no Brasil, dando destaque aos casos amazônicos. São estes: a) as discussões do ambientalismo internacional; b) o desenvolvimento desse debate no âmbito nacional; c) a apropriação pelos grupos sociais rotulados enquanto tais. O foco é mostrar que com o Decreto nº 6040/07, o termo se transformou e não mais se restringe ao âmbito das Áreas Protegidas. Este passou a designar grupos sociais autodefinidos por distintas identidades coletivas, que lutam por direitos sociais básicos e ao território, acesso aos recursos naturais e reconhecimento em políticas públicas adequadas às suas necessidades.

Keywords