Revista Estudos Feministas (Oct 2017)

Desvelando imagens: o visível e o indizível na pele que habitamos

  • Debora Breder,
  • Paloma Coelho

Journal volume & issue
Vol. 25, no. 3
pp. 1489 – 1502

Abstract

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Este artigo propõe uma reflexão sobre a teia de significados que entretecem a trama de A pele que habito, de Pedro Almodóvar (2011) – significados estes, não raro, contraditórios, que iluminam as zonas de sombra nas quais o pensamento tematiza a diferença. Primeiro, analisa-se o discurso explícito do filme, que versa sobre a plasticidade do corpo e a fluidez do gênero, demonstrando seu caráter construtivo ao se desvincular de categorizações fixas e essencialistas. A seguir, analisa-se o seu discurso implícito, considerando que todo filme, como produto de práticas sociais, é constituído também por um conjunto de ideias que escapam às próprias intenções do autor. Em última instância, trata-se de pensar em que medida o discurso implícito da trama constitui uma espécie de contra discurso em relação ao que o longametragem explicitamente proclama.

Keywords