Revista Educação e Cultura Contemporânea (Dec 2018)

As inteligências expressas na corporeidade vivida no cotidiano escolar

  • Vilma Lení Nista-Piccolo,
  • Ailton Jacob Oliveira,
  • Amanda Pires Chaves,
  • Yara Machado da Silva,
  • Rafael José Espindola

DOI
https://doi.org/10.5935/reeduc.v16i44.3459
Journal volume & issue
Vol. 16, no. 44

Abstract

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A partir da ciência moderna o corpo humano é compreendido numa perspectiva mecanicista e interpretado como corpo objeto/corpo máquina. A Educação relegou a corporeidade do sujeito, entendendo-a como a dimensão corpórea expressa em áreas marginais. Vivemos em uma sociedade que, ainda na contemporaneidade, compreende a mente separada do corpo, atribuindo a ela uma supremacia. As práticas educacionais vigentes, muitas vezes, demonstram a priorização dos processos cognitivos, em detrimento das manifestações expressivas e sensoriais. A escola deve ser um espaço favorável à expressão da corporeidade, respeitando a individualidade do educando, em sua pluralidade. Para isso, é preciso estimular os potenciais dos alunos, promovendo situações de aprendizagem que favoreçam a diversidade de comportamentos inteligentes. A teoria das Inteligências Múltiplas quebrou um paradigma educacional, pois trouxe uma visão pluralista da mente. A multiplicidade das inteligências permite identificar as dificuldades e facilidades que os alunos expressam em vários contextos escolares. Assim, é possível ensinar por diferentes rotas de acesso ao conhecimento. O objetivo desse estudo foi buscar as relações conceituais dos fenômenos inteligência e corporeidade, presentes no cotidiano escolar. O procedimento metodológico pautou-se numa análise bibliográfica dos autores primários dessas temáticas. As considerações finais do trabalho demonstraram que o ser humano não aprende apenas com sua inteligência, mas também com sua corporeidade. A corporeidade dos educandos é considerada quando ações pedagógicas oportunizam diferentes manifestações de inteligência no cotidiano escolar. Valorizar a corporeidade de quem aprende é olhar para o aluno, reconhecendo seus potenciais e estimulando-o por meio de desafios.