Revista Portuguesa de Cardiologia (Dec 2021)

Cardiac rehabilitation and improvement of chronotropic incompetence: Is it the exercise or just the beta blockers?

  • Tiago Pimenta,
  • J. Afonso Rocha

Journal volume & issue
Vol. 40, no. 12
pp. 947 – 953

Abstract

Read online

Introduction: Clinical use of chronotropic response has been limited due to lack of consensus on the appropriate formula for chronotropic index (Ci) calculation and the definition of chronotropic incompetence. Objectives: To assess the effects of cardiac rehabilitation programs (CRP) on Ci, irrespective of betablockers (BB) use and dosage. Assess the relative contribution of change in Ci on improvement in functional capacity. Methods: Retrospective analysis of a sample of patients admitted to a CRP after acute coronary syndrome, with at least 12 months of follow-up. Ci was calculated using the conventional (CCi) and the Brawner formula (BCi) for age-predicted maximum heart rate. Ci and functional capacity were estimated at three time points: T1 and T2, before and at the end of the CRP, and T3, at 12 months. The sample was categorized according to BB dosage modification between T1 and T3: G1 – reduced; G2 – no change; G3 – increased. Results: In G1, CCi increased from 63.5% in T1 to 77.9% in T3; in G2, from 67.3% to 77.9%; in G3, from 71.2% to 75.4%. In G1, BCi increased from 110.4% to 140.0%; in G2, from 122.8% to 140.1%; in G3, from 133.3% to 139.2%. An average increase in 1.0% in CCi was associated with an average increase in functional capacity of 0.37 METS. Conclusions: Chronotropic index significantly improves with CRP, irrespective of BB dose changes. CCi is more closely related with improvement in functional capacity than BCi. Improvement of Ci is an important predictor of functional capacity and prognosis in cardiovascular disease patients. Resumo: Introdução: A aplicabilidade clínica da resposta cronotrópica é limitada pela ausência de consenso na fórmula para o cálculo do índice cronotrópico (IC) e na definição de incompetência cronotrópica. Objetivos: Avaliação do efeito dos programas de reabilitação cardíaca (PRC) no IC, independentemente da utilização de β-bloqueadores (BB) e respetiva dosagem. Avaliação da contribuição relativa da modificação do IC na melhoria funcional. Métodos: Análise retrospetiva de uma amostra de doentes admitidos num PRC após uma síndrome coronária aguda, com pelo menos 12 meses de seguimento. O IC [estimado pela fórmula convencional (ICC) e de Brawner (ICB) para a frequência cardíaca máxima prevista para a idade] e a capacidade funcional foram avaliados em três momentos: T1 e T2, antes e após o término do PRC, e T3, aos 12 meses. A amostra foi categorizada pela modificação da dose de BB entre T1 e T3: G1 – reduzida; G2 – mantida; G3 – aumentada. Resultados: No G1, o ICC aumentou de 63,5% em T1 para 77,9% em T3; no G2, de 67,3% para 77,9%; no G3, de 71,2% para 75,4%. No G1, o ICB aumentou de 110,4% para 140,0%; no G2, de 122,8% para 140,1%; no G3, de 133,3% para 139,2%. O aumento médio de 1,0% no ICC associou-se ao aumento médio de 0,37 METS na capacidade funcional. Conclusões: O PRC melhora o IC, independentemente das alterações de dose dos BB. ICC correlaciona-se mais com a melhoria funcional do que o ICB. O IC é preditor da capacidade funcional e do prognóstico na doença cardiovascular.

Keywords