Revista CEFAC (Oct 2012)
Capacidade funcional e linguagem de idosos não-participantes e participantes de grupos de intervenção multidisciplinar na atenção primária à saúde Functional ability and language of participant and non-participant elderly in groups of multidisciplinary intervention in primary health care
Abstract
OBJETIVO: verificar e comparar a capacidade funcional e a linguagem de idosos participantes e não-participantes de grupos com intervenção multidisciplinar na atenção primária à saúde. MÉTODO: participaram do estudo 60 indivíduos maiores de 60 anos ou mais de ambos os sexos, residentes na área de cobertura de duas Unidades de Saúde da Família do Município de Camaragibe/PE. O estudo foi descritivo, observacional, transversal e foi realizado no período de maio a setembro de 2010. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário socioeconômico e demográfico pré-estruturado, além dos protocolos de avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária e o Mini-Exame de Estado Mental, para avaliação da linguagem. RESULTADOS: a maioria dos idosos avaliados encontra-se na faixa etária de 60-69 anos, é do sexo feminino, da raça/cor branca, casado(a), analfabeto, com renda de um a dois salários mínimos. Na avaliação da capacidade funcional de idosos participantes e não-participantes de grupos revelou que 90% e 80% são independentes em relação às atividades instrumentais de vida diária, respectivamente. Em relação à linguagem, 10% dos idosos participantes de grupo apresentaram déficit contra apenas 6,7% dos idosos não-participantes. CONCLUSÃO: há necessidade de estudos com amostras populacionais maiores na tentativa de comprovar os efeitos positivos das atividades de grupo, como diz a literatura, e ainda realizar novos estudos sobre a influência da linguagem na capacidade funcional dos idosos, a fim de encontrar relevância estatística dos dados e assim poder planejar e melhorar o atendimento às necessidades e os problemas decorrentes do envelhecimento.PURPOSE: to check out and compare the functional ability and the language of participants and non-participating elderly in groups of multidisciplinary intervention in primary health. METHOD: studied participants were 60 subjects over 60 year old of both genders, resident in the coverage of both units of Family Health in the City of Camaragibe/PE. The study was a descriptive, observational, cross one and was conducted from May to September 2010. To collect the data we used a socioeconomic and demographic pre-structured questionnaire, and protocols for assessing the Instrumental Activities of Daily Living scale and Mini-Mental State Examination in order to assess language status. RESULTS: most of the patients are evaluated in the age group of 60-69 year-old female Caucasian, married, an illiterate, and income of two minimum wages. In assessing the functional ability of participant and nonparticipants elderly groups, 90% and 80% are independent from the instrumental activities of daily live, respectively. In relation to language, 10% of elderly participants in the group showed a deficit compared with only 6.7% of elderly non-participants. CONCLUSION: we need more studies with larger population samples in an attempt to demonstrate the positive effects of group activity, as per literature, and still further studies on the influence of language on the functional capacity of elderly, to find statistical relevance of data and so we may be able to plan and better meet the needs and problems of aging.