Colesteatoma do Canal Auditivo Externo: Caso Atípico de Apresentação Bilateral
Paula Sofia Dias Belchior Campelo,
Catarina Tinoco,
Cristina Caroça,
Hugo Estibeiro,
João Paço
Affiliations
Paula Sofia Dias Belchior Campelo
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, Portugal.
Catarina Tinoco
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, Portugal.
Cristina Caroça
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, Portugal. Nova Medical School/Faculdade Ciências Médicas, Lisboa, Portugal.
Hugo Estibeiro
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, Portugal. Serviço de Otorrinolaringologia, Hospital CUF Infante Santo e Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Portugal.
João Paço
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, Portugal. Nova Medical School/Faculdade Ciências Médicas, Lisboa, Portugal.
INTRODUÇÃO: O colesteatoma do canal auditivo externo é raro e muitas vezes assintomático apesar da insidiosa destruição óssea que vai causando no canal auditivo externo e estruturas vizinhas. Relatos de doença bilateral são episódicos e de causa idiopática. A keratosis obturans é o principal diagnóstico diferencial. CASO CLÍNICO: Criança, 13 anos, com colesteatoma bilateral do canal auditivo externo, com invasão da mastoide e erosão da cadeia ossicular no ouvido esquerdo. A doente apresentava quadro arrastado de otalgia bilateral, com otorreia esporádica e hipoacusia progressiva à esquerda. Após vários procedimentos cirúrgicos para erradicação da doença, mantém-se em vigilância anual sem recidiva aos 4 anos. CONCLUSÃO: Este caso realça a necessidade do reconhecimento precoce desta entidade pouco frequente, mas que pode cursar com lesões extensas e até irreversíveis. O tratamento cirúrgico é curativo, mas a vigilância regular é mandatória.