Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Sep 2012)

Incidência e principais causas de extubação não planejada em unidade de terapia intensiva neonatal

  • Poliana Cardoso Ribeiro de Oliveira,
  • Laura Alves Cabral,
  • Renata de Carvalho Schettino,
  • Simone Nascimento Santos Ribeiro

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2012000300005
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 3
pp. 230 – 235

Abstract

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OBJETIVO: Determinar a incidência e as principais causas de extubação não planejada em recém-nascidos nas unidades de terapia intensiva neonatais do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: Estudo retrospectivo, realizado durante o período de 1º de julho de 2009 a 30 de abril de 2010. Os eventos de extubação não planejada e as principais causas associadas a estes foram avaliados por meio de uma ficha de eventos adversos. Foram analisadas as seguintes variáveis: gênero, idade gestacional corrigida, peso atual, tempo em ventilação mecânica, horário e motivos/causas do evento no dia da extubação não programada. RESULTADOS: Ocorreram 54 eventos de extubação não planejada, com incidência de 1,0 extubação não planejada/100 dias em ventilação mecânica. Essa taxa foi maior nos recém-nascidos com idade gestacional corrigida entre 30 e 36 semanas e peso < 1.000 g. As principais causas dos eventos de extubação não planejada foram: agitação do recém-nascido; manipulação inadequada do paciente durante execução de procedimentos; fixação inadequada e posicionamento do tubo endotraqueal. CONCLUSÃO: A incidência de extubação não planejada nas unidades de terapia intensiva neonatais pôde ser considerada baixa, de acordo com o período avaliado, quando comparada aos dados relatados na literatura. Contudo, uma avaliação da qualidade dos procedimentos e um acompanhamento contínuo desses recém-nascidos, assim como a monitoração das causas, são necessários para reduzir, ainda mais, tal incidência.

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