Revista Brasileira de Terapia Intensiva (Mar 2012)

Efeitos da mobilização passiva nas respostas hemodinâmicas agudas em pacientes sob ventilação mecânica

  • Eliane Regina Ferreira Sernache de Freitas,
  • Renata Serrou da Silva Bersi,
  • Mariana Yuri Kuromoto,
  • Silviane de Camargo Slembarski,
  • Ana Paula Ayumi Sato,
  • Marcela Quadros Carvalho

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-507X2012000100011
Journal volume & issue
Vol. 24, no. 1
pp. 72 – 78

Abstract

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OBJETIVO: Avaliar as respostas hemodinâmicas agudas da mobilização passiva de pacientes sob ventilação mecânica. MÉTODOS: Estudo de investigação clínica do tipo transversal, quantitativa e observacional. Incluindo pacientes internados na unidade de terapia intensiva, sedados e sob ventilação mecânica. A infusão de drogas sedativas e analgésicas visava o grau de sedação de 4 a 6 de acordo com a escala de Ramsay. A mobilizaçao passiva consistiu em movimentos de flexo-extensão de quadril e joelho durante cinco minutos. Após 10 minutos de repouso, foram realizados mais cinco minutos de mobilização passiva com flexo-extensão de ombro. As mensurações hemodinâmicas (freqüência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica e pressão arterial média) foram realizadas 1 minuto antes da realização do protocolo e no primeiro minuto após o término. O duplo produto e a medida do consumo ou captação de oxigênio pelo miocárdio foram obtidas por meio de fórmulas. RESULTADOS: Entre junho a dezembro de 2011 foram incluídos 13 pacientes (69,2% homens) com idade média de 69,1 ± 15,8 anos. A mobilização passiva de membros inferiores e de membros superiores provocou aumentos da frequência cardíaca, do duplo produto e do consumo ou captação de oxigênio pelo miocárdio com diferença estatisticamente significante. Entretanto a pressão arterial média não apresentou diferença significativa. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a mobilização passiva de membros inferiores e superiores em pacientes sedados sob ventilação mecânica influencia de forma segura nos efeitos hemodinâmicos agudos, particularmente na frequência cardíaca, porém sem alterar significativamente a pressão arterial média.

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