Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Jul 1999)

Plástica da valva mitral: resultados aos 17 anos de experiência

  • Pablo M. A. POMERANTZEFF,
  • Carlos M. A. BRANDÃO,
  • Cristiano N. FABER,
  • Marcelo H. FONSECA,
  • Luiz B. PUIG,
  • Max GRINBERG,
  • Luís F. CARDOSO,
  • Flávio TARASOUTCHI,
  • Noedir A. G. STOLF,
  • Geraldo VERGINELLI,
  • Adib D. JATENE

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-76381999000300002
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 3
pp. 185 – 190

Abstract

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Foram analisados 545 pacientes submetidos a 560 plásticas da valva mitral no período de março de 1980 a dezembro de 1997. A idade variou de 3 meses a 86 anos com média de idade de 42,2 ± 21,4 anos. Duzentos e setenta e quatro (50,3%) pacientes eram do sexo masculino. A etiologia foi reumática em 234 (42,9%) pacientes. As técnicas utilizadas foram: ressecção quadrangular da cúspide posterior em 204 (36,5%) pacientes, anuloplastia com tira posterior de pericárdio bovino em 139 (24,5%) pacientes, anel de Carpentier em 102 (18,2%) pacientes, anuloplastia posterior segmentar em 37 (6,6%) pacientes e outras técnicas utilizadas em menor freqüência. Técnicas associadas foram empregadas em 199 (35,6%) pacientes, sendo a mais freqüente o encurtamento de cordas em 72 (12,8%). Operações associadas foram realizadas em 267 (47,8%) pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 3,7% (21 pacientes). As taxas linearizadas dos eventos no pós-operatório foram 2,9% pacientes/ano para reoperação, 0,6% pacientes/ano para tromboembolismo, 0,3% pacientes/ano para endocardite e 0,1% pacientes/ano para hemólise. A sobrevida actuarial foi de 76,8 ± 10,8 em 17 anos e sobrevida livre de endocardite, tromboembolismo, reoperação e hemólise no mesmo período foi respectivamente 98,9 ± 0,6%, 93,9 ± 3,7%, 61,0 ± 7,9% e 99,7 ± 0,2%. Podemos concluir que os pacientes submetidos à plástica da valva mitral apresentaram evolução satisfatória.

Keywords